domingo, maio 06, 2007
[0.566/2007] Das opções
Caros André e José Flávio,
Em relação a umas palavras que ficaram por expressar, no seguimento dos vossos escritos, devo referir que não sou dos facciosos que só considera os candidatos e os programas da esquerda melhores do que os outros. Em termos de doutrina, considero a social-democracia a melhor resposta aos desafios da sociedade, e esta leitura não me impede, em certos casos, muito poucos, admito, que candidatos de direita representem melhores opções, como fiz questão de referir em 2005. Preferi, de longe, a vitória da CDU sobre o SPD, não tanto pelo projecto político global, se bem que a leitura europeia de Frau Merkel me agrade muito mais do que a interpretação de Herr Gerhard (à excepção da posição face à Turquia), mas pela mudança necessária que a Alemanha e a União Europeia precisavam. Os resultados da liderança política alemã estão à vista na UE. Quando antes tínhamos uma Alemanha apática e frágil, agora temos uma Alemanha enérgica. Por exemplo, em relação à Administração norte-americana, com a qual não tenho a mínima simpatia a todos os níveis, devo reconhecer o bom trabalho da Secretária de Estado norte-americana em relançar o projecto de paz do Médio Oriente. E, em relação à eleição presidencial de 2008, qualquer candidato à presidência, seja Democrata ou Republicano a vencer, não me causa o mesmo incómodo que esta liderança Republicana, ainda que considere Hillary a melhor pessoa para assumir a liderança do país. Quanto ao caso francês, entre os dois candidatos que hoje são sufragados, de longe, pelo programa e pelo carácter, Ségolène ao Ministro Bastonada. Pode não ser esta a leitura de Blair? Tudo bem. É a minha, e espero, com a vitória de Ségolène, se passar o mesmo em França do que sucede já hoje na Alemanha. Acabar com o cinzentismo político e desencadear uma mudança tranquila. Dizem que Ségolène não tem programa nem qualidades... muitos diziam o mesmo de Frau Angela... por ser mulher. Como se estas não tivessem as mesmas capacidades do que os homens. O machismo político tem vindo, felizmente, a definhar. CMCEtiquetas: Alemanha, EUA, França, Política Internacional
12:45:00 da tarde
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