segunda-feira, janeiro 31, 2005
[0.221/2005]
Caro Luís,
Um ponto não é nada mau. Agora empatar em Alvalade e sair do estádio com a hipótese de entrar numa semana sem treinador, pois este pode rumar ao norte, não é, de facto, grande notícia.
Esperemos pelo desenrolar na novela azul e branca.
Para este campeonato ficam os resultados e o Vitória ganhou o campeonato com o S.C.P. Ganhou no Bonfim e empatou em Alvalade.
CMC
11:58:00 da tarde
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[0.220/2005]
Caro Gabriel,
(prezado Cidadão Livre)
Confesso que as minhas dúvidas tanto se encontram no âmbito teórico como, e nomeadamente, no real.
As comparações reais feitas pelo Gabriel têm a sua ponta de veracidade. Todas elas são possíveis de comparar. Agora, questionemo-nos, o contexto europeu pós-1945 tem alguma semelhança com outros? Não. Até porque na altura estávamos num mundo onde o bipolarismo emergia. Enquadramento sem comparações reais possíveis.
No caso de Timor-Leste, fenómeno peculiar, tem algumas semelhanças com o Iraque, contudo Timor-Leste não tinha, como tem hoje o Iraque, um "invasor" ao serviço do terrorismo.
E, o caso mais semelhante, em que as comparações têm mais pontos em comum com o caso iraquiano é o afegão. Sem dúvida. Mas, pergunto: estará o Afeganistão actual melhor do que estava? Está. É (in)discutível. Porém, o recrudescimento dos grupos radicais é factual. Assim como é factual o regresso do cultivo lucrativo de ópio às terras afegãs e, consequentemente, a sua exportação e alimentação, com o lucro das vendas, dos terroristas.
Caro Gabriel, podemos, devemos, pela aprendizagem que retiramos da História, tirar as devidas ilações. Mas não descuremos o que pode suceder. O caso iraquiano é único. Como é, ao fim e ao cabo, cada caso.
Se me permite embarcar na sua onda de analogias, no campo teórico com base nos factos, não coloquemos de lado um possível 1979 iraniano versão iraquiana contemporânea.
A Democracia não se impõe do exterior, luta-se por ela no interior. (Os casos: jugoslavo, georgiano e ucraniano.)
Por isso, por muitos defeitos que as sociedades: portuguesa, espanhola e grega possuam, esta nova vaga, como catalogou o famigerado Huntington, foi bem sucedida. Do ponto de vista democrático.
Importa, nas análises elaboradas ter em conta condicionantes internas e externas para a Democracia singrar.
Uma Democracia, como nós a concebemos, não se exerce de braço dado com as armas para se fazer valer. Esta é outra lição que a História nos dá.
Porém, caro Gabriel, descanse, ambos comungamos da mesma ambição: a estabilidade iraquiana.
CMC
8:31:00 da tarde
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[0.219/2005]
À beira de uma mudança histórica
Segundo os números das sondagens mais recentes, o Reino Unido está à beira de uma viragem histórica no seu sistema político.
A subida do Partido Democrata-Liberal, para a casa dos vinte pontos percentuais, e a queda do Partido Trabalhista e, principalmente, do Partido Conservador, faz com que o bipartidarismo imperfeito possa sucumbir.
Se as sondagens forem, mais ou menos precisas, aos valores das urnas, no próximo mês de Maio faz-se história no sistema político britânico.
CMC
P.S.- Importa ter em linha de conta os deputados que cada partido elege, na medida em que o sistema eleitoral britânico é maioritário simples (a uma volta) e não proporcional, como o caso português. Pode até dar-se o caso, como já sucedeu com a Dama de Ferro, do partido com mais deputados no Parlamento não ter alcançado a maioria dos votos. Virtudes e defeitos do sistema eleitoral britânico.
6:51:00 da tarde
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[0.218/2005]
Região árabe [ II ]
O discurso oficial de ontem e de hoje é unânime: as eleições no Iraque foram um êxito.
Sem desmerecer os palradores e políticos optimistas, continuo a não a acreditar no sucesso do sufrágio de ontem. Não sei até que ponto a informação que nos chega, em especial a televisiva, não é empolada.
Prevê-se a formação de um Governo xiita, após o conhecimento dos resultados oficiais. Ora, com o redesenhar pretendido pelos norte-americanos para a região, os senhores da Casa Branca poderão constatar que o futuro Governo iraquiano xiita terá, com forte probabilidade, profundas ligações ao regime, também ele xiita, de Teerão.
A fazer fé na intervenção da tomada de posse de G.W.B. e tendo em linha de conta o que foi o primeiro mandato, um ataque por parte dos norte-americano ao Irão só causará surpresa aos mais distraídos.
Irão e Iraque predominantemente xiitas. Num lado procura-se criar um céu e no outro um inferno, quando o tecto de devoção dos dois lados é o mesmo.
CMC
6:41:00 da tarde
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[0.217/2005]
Anti-discriminação sexual
Lê-se, porque está escrito, publicado e pronto para ser lido que:
"O PS assume integralmente as disposições constitucionais e as orientações da União Europeia em matéria de não discriminação com base na orientação sexual. Nesse sentido, é importante lançar um amplo debate nacional sobre igualdade e orientação sexual, incluindo o desenvolvimento de acções anti-discriminatórias junto de grupos sociais particularmente sensíveis para a qualidade da nossa democracia. "
(Cap. VI, nº 5 das bases programáticas do PS)
A boataria, as capas de revista cor de rosa e as provocações do PPD/PSL nas quais embarca igualmente o BE, o PCP e agora também o PND, ao fazerem do cinismo da discussão da discriminação sexual a bandeira maior dos desafios que Portugal tem pela frente, depois de deslizes como o do moralista líder do BE no debate com Paulo Portas, revelam o nível da campanha política em curso.
É uma vergonha, meus senhores. Aquilo que estão a fazer é desacreditar de vez um regime que, em vez de tratar daquilo que aflige os portugueses, se perde em política de baixo nível.
Enquanto isto, os desempregados aumentam, os hospitais não servem, a fuga aos impostos é o que se vê, as despesas públicas estão descontroladas, o número de miseráveis aumenta, a literacia está nos graus que se conhecem e discute-se o sexo dos anjos.
A seguir vem o quê? A discussão do Kama Sutra ou os vídeos das bebedeiras nas discotecas de Lisboa e Cascais?
Como diria o Capt. Louis Renault na ocupação de Marrocos pelos Nazis: "Prendam-se os suspeitos do costume!"
Haja decoro! Santa paciência.
LNT
1:20:00 da tarde
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[0.216/2005]
31 de Janeiro de 1891
Para os republicanos mais solenes, o dia de hoje, tal como o dia 5 de Outubro, é uma data importante.
Assinala-se os 114 anos da revolta gorada na Invicta de implementar a República.
CMC
11:38:00 da manhã
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[0.215/2005]
Congresso Protocolar [ II de II ]
Os ovos, os cestos e os cucos
É verdade, caro anónimo reincidente.
1. Dentro do PSD nada valiam, como se viu. O resultado do Congresso, é isso que vale dentro do PSD, foi Coreano. PSL foi o grande Tsé português do PPD/PSL.
2. Os Partidos são Organizações. Têm Declarações de Princípios, Estatutos, Órgãos próprios e Associados (neste caso militantes). Quem quiser alterar as Organizações tem de lhes pertencer. Até no Benfica é assim. (confesso não ter sido grande exemplo) Não vejo qual o mal que isto trás para a democracia. Claro que é sempre mais fácil ser-se independente. Neste Blog já se falou por diversas vezes das vantagens que isso tem. No entanto o caso em apreço não é esse. Falamos de militantes que não só não cumpriram o seu dever de militantes - eleger e ser eleitos - como ainda preferiram atirar com o Partido para uma derrota eleitoral a combater nos locais próprios aquilo de que discordavam.
Lembro-lhe que a até a sugestão de criação de um novo PRD já foi aventada.
3. O caso Carrilho já foi enunciado no corpo do Post. Utilizou os meios ao seu alcance mas foi defender as suas teses perante o PS. Foi apupado? Pois foi. Foi combatente? Pois foi. Foi coerente? Pois foi. Foi militante? Pois foi. Continua a ter lugar no PS? Depois de tudo isto, só pode!
4. A minha admiração por PSL só reside no facto de ser um combatente como não conheço outro igual. De resto, caro anónimo reincidente, tenho sobre ele a pior das opiniões. Prefiro nem as enunciar, não vá passar além do que é curial dizer neste Blog. Se ele chegou onde chegou deve-se à cobardia de quem tinha de lhe fazer frente. Anteriormente no PSD sempre houve quem o fizesse e por isso ele nunca havia acedido à liderança. Desta vez não apareceu ninguém, tirando, faça-se justiça, Marques Mendes.
5. O que diz de Ferro Rodrigues é falso. Ninguém, repito, ninguém, quis que Ferro Rodrigues perdesse as eleições. Antes pelo contrário. O PS uniu-se como nunca e Ferro que partiu para as legislativas na pior posição em que até hoje já algum líder político esteve (tirando Mário Soares na primeira Campanha para PR), alcançou um resultado inimaginável no início da campanha. Nas Europeias venceu as eleições com margem folgada, o que aliás inspirou Durão Barroso na fuga para a frente.
Infelizmente, Ferro Rodrigues entendeu por bem deixar a liderança do PS na sequência da resolução presidencial de colocar à frente da Nação um incapaz. Infelizmente, por duas razões: Primeira porque Portugal perdeu um óptimo Primeiro-Ministro. Segunda porque o PS perdeu a oportunidade de se afirmar sem tibiezas como o Partido agregador dos cidadãos que se identificam com as esquerdas democráticas.
6. Desculpe a confusão de o julgar nosso conhecido. Foi o seu estilo de escrita, certo?
Ainda assim foi um prazer debater consigo, embora Anónimo.
7. As elites dos Partidos (incluindo os simpatizantes não inscritos) têm mais que o dever, têm obrigação de participar nas bases. Como elites que são têm ainda a obrigação da pedagogia nessas bases. Acredite que é pedagogia nos dois sentidos e que se assim agissem a política tinha muito a ganhar em qualidade e realismo. Nos gabinetes criam-se estereótipos que levam da realidade à utopia e ao desconhecimento das dificuldades reais e do sentir dos cidadãos. É imprescindível que quem nos governa conheça os governados.
Para finalizar. Não é comum trazer ao corpo deste Blog os comentários anónimos. No entanto a forma elevada e interessante com que este anónimo entendeu abordar-nos mereceu-me esse respeito. As matérias abordadas tinham relevo suficiente para o fazer.
LNT
11:31:00 da manhã
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[0.214/2005]
A transição
A semana passada ficou marcada por uma passagem de poder mais relevante para o país do que pode aparentar à primeira impressão.
A mudança de liderança do BCP, anunciada pelo Presidente do banco, foi de todo inesperada.
Os que conjecturavam nomes para o lugar do ainda Presidente do BCP enganaram-se redondamente.
Foi escolhida uma pessoa conhecida, mas muito discreta. Pessoa competente, independentemente dos epítetos que lhe lançam pelo passado que teve (e não teve), ou pelas militâncias que tem, o anúncio da mudança de líder não afectou o grupo e não deixou ninguém de pé atrás com esta notícia repentina.
Por outro lado, pode deduzir-se, por esta nomeação, que o mundo político acusará a mudança da banca, nomeadamente um partido, o PPD. Pode-se, desde já, prever o próximo líder.
CMC
3:41:00 da manhã
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[0.213/2005] Congresso Protocolar [ I de II ] Agentes da mudança versus Agentes da destruição
Ali para baixo [0.203/2005] deixei um escrito sobre aquilo a que chamei o Síndroma JPP. Ao fazê-lo nunca pensei ter polémica com alguém anónimo que desenvolveria, na caixa de comentários, uma tese de defesa da actuação do visado. Mais uma vez refiro que só escrevi aquele Post por Pacheco Pereira ter incluído no seu texto introspectivo uma referência ao Partido Socialista. De resto bem pouco interessam os problemas de consciência ou as dúvidas metódicas sobre a intenção de voto de JPP. No entanto a citada defesa feita a favor de JPP incidiu sobre as impossibilidades de participação do visado na discussão interna que o PSD realizou no último Congresso Nacional, a que o defensor anónimo entendeu chamar de Congresso Protocolar. Confesso não conhecer em profundidade os tipos de Congresso que se podem realizar no PSD, mas, à partida, estou convencido que embora ainda longe de se fazerem anteceder de directas para escolha do seu Presidente, como já se faz no PS em relação ao SG, continuam a ser os conclaves dos militantes do Partido com total soberania e que, por isso, nunca poderão ter como objecto o protocolo. É verdade que no PS já se fizeram, em alturas de poder e de total pacificação, Congressos Nacionais onde nada se discutiu. Ainda assim, sempre apareceu alguém para evitar as unanimidades. Foi assobiado? Foi, mas não deixou de subir à tribuna. Talvez por isso, ainda hoje seja respeitado. A pacificação no PPD/PSD não existia neste Congresso do PSL e no entanto o resultado foi Coreano. Salvou-se Marques Mendes. As quatro ou cinco vozes discordantes (seriam tantas?) que se ouviam cá fora e que não conseguiram (ou não quiseram) ser eleitas para Congresso, revelaram que nada valiam no interior do Partido. Diz-me, a páginas tantas, o anónimo reincidente que ninguém iria votar contra um Primeiro-Ministro. Se isso é verdade, revela que o dever patriótico se subalternizou ao do Partido. Os opositores dos media acobardaram-se da luta no meio dos militantes e esperaram que o Presidente da República acordasse do delírio que o tinha acometido quando nomeou aquela personagem para chefe do executivo. Sabiam que mais tarde ou mais cedo, haveria de os substituir no trabalho odioso e passavam-lhe assim as responsabilidades do acto, ainda que com isto provocassem a derrocada do partido a que pertencem. Toda esta gente que se acha acima dos militantes, que não trabalha no terreno, que não forma nas suas estruturas de base, que entende que não tem de pagar as quotas, que pensa que pode influenciar dentro destruindo por fora e não tem coragem para enfrentar os congressistas dos seus partidos preferindo esconder-se atrás das câmaras de televisão para lhes mandar recados, alguma vez perceberá que a democracia não tem senhores e lacaios? Bem pode o meu caro interlocutor anónimo dizer que o trabalho se fez no Parlamento Europeu, na Assembleia da República, nos cargos onde estes militantes estavam investidos. Acabem-se com as inerências aos Congressos Nacionais dos Partidos e veja-se como a qualidade e a representatividade dos políticos se altera. Os Partidos são organizações dos militantes. Terão de ser eles a definir as suas políticas e é dentro deles que se luta pelas lideranças. É mais fácil, mais mediático, fazê-lo nos jornais e na altura própria dizer que por motivos internos não se pode concorrer e votar. É fácil, mas é mentira. Desde que qualquer militante tenha a suas quotas em dia pode eleger e ser eleito. As cacicagens e manobras de bastidores têm sempre forma de se combater. É dever dos militantes combatê-las. São posturas destas que levam os cidadãos a absterem-se. A lógica é a mesma. Para quê votar se são todos iguais? Abstraindo desta afirmação, porque não são todos iguais, ainda que o fossem, seria sempre por culpa dos próprios cidadãos que, ao se absterem nas soluções e depois nas votações, lhes permitem que os representem sem lhes delegar a representação. A culpa é de quem se abstém dos seus direitos e deveres de cidadania. Em vez de agentes da mudança optam por ser agentes da destruição. Prontos para o ataque quando os adversários estão de rastos. Como dizia o CMC, é o tempo dos cucos porem os ovos nos ninhos que outros construíram. Veremos, havendo derrota do PSD, se esses que dizem não ter tido capacidade de se elegerem, a não terão agora para o próximo conclave. Como diz o slogan do Totobola: - é fácil, é barato e dá milhões. LNT
3:16:00 da manhã
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[0.212/2005]
Post curto
Bem-revindo à Blogos, caro Paulo.
LNT
3:04:00 da manhã
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[0.211/2005]
Região árabe [ I ]
Caro João,
O Iraque votou, mas não realizou eleições democráticas.
Penso, pelo que tive oportunidade de ler e ouvir, o comentário do jornalista da SIC em Washington, Luís Costa Ribas, fez uma radiografia concreta e fidedigna do que se passou ontem no Iraque.
No meio da sua intervenção afirmou o jornalista: como pode haver eleições democráticas e esquecer a realidade iraquiana, com 135 mil soldados norte-americanos no solo iraquiano? E, para meu espanto, disse Costa Ribas, coisa que não ouvi a nenhum repórter no Iraque, as urnas de voto estavam escondidas. As pessoas nem sabiam onde iriam votar.
Todavia, levamos com imagens e reportagens todas elas exibindo a determinação de milhares de iraquianos. Sem esquecer de focar, pormenorizadamente, as mulheres.
De facto, reconheça-se, foi um acto de coragem, por parte de muitos milhares de iraquianos, pelo facto de se terem deslocado às urnas, apesar da premência que sob as suas vidas pendiam as várias ameaças por parte dos bandos terroristas.
Mesmo não sabendo onde estavam as urnas e, por incrível que pareça, ainda dizem que o acto é democrático, pessoas houve que se dirigiram às urnas para votar mas, em primeiro lugar, antes de depositar o voto, recensearam-se.
Para a história fica o dia. Votaram, nas ditas eleições democráticas iraquianas.
Os inúmeros e complexos problemas continuarão a existir. Eles não desaparecerão, da noite para o dia, só por que houve um acto a que algumas pessoas chamam de democrático. Infelizmente, o sangue não estancará e os dias anteriores, o próprio dia eleitoral mostraram isso e os dias posteriores evidenciarão como o sangue continuará a correr nas terras do Eufrades e do Tigre.
CMC
2:23:00 da manhã
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[0.210/2005]
Caro Luís,
Aos poucos os Vitorianos começam a contactar e a acreditar no pressuposto deste grande clube português alcançar os lugares da UEFA nesta temporada.
Para atingir tal objectivo nada como arrancar, logo à noite, três pontinhos em Alvalade. Para desgosto deste e deste amigos bloguistas.
A César o que é de César, a vitória ao Vitória.
CMC
2:15:00 da manhã
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domingo, janeiro 30, 2005
[0.209/2005]
As diversas espécies de camaleões políticos
Há quem preveja, a algumas semanas do dia do sufrágio, o fim político do actual Presidente do PPD.
Prevejo que quase todas essas análises estejam erradas.
O senhor está longe, muito longe do seu fim político, mesmo que venha a ter uma pesada derrota no próximo dia 20 de Fevereiro.
Passam-se muitos atestados de óbito político neste país, mas raramente o óbito do papel corresponde ao óbito real.
Aliás, os ditos defuntos políticos portugueses sempre que abrem a boca para dizer qualquer coisa, por mais disparatada que seja, costumam deixar mais marcas do que os políticos no activo.
Por isso, o actual Presidente do PPD, até pode abdicar da liderança do partido na noite eleitoral, mas não deixará a sua intervenção política amortecer. Isso seria, no caso da referida pessoa, pedir-lhe para deixar de respirar, isto é, deixar de viver.
O problema da política nacional pode residir na falta de qualidade dos políticos no activo, e reside; porém, não deixa de estar, também, no comportamento de certos políticos, quais virgens ofendidas, que, sobretudo através da comunicação social, apenas libertam a bílis de uma carreira política completamente frustrada.
Os hipotéticos traumas, de em que se vota no próximo dia 20 de Fevereiro, são, na realidade, hipocrisia pífia.
Quem é militante de um partido político deve travar, no seu interior, uma luta por melhores quadros e melhores políticas. Saber perder é uma virtude. Fugir ao combate é cobardia.
A capa da inteligência, arremessada premeditadamente como argumento de coerência para a opinião pública, à semelhança de quem tem por hábito a vitimização, não deixa de ser o rosto do mesmo lado da moeda.
Tanto uns, como outros, actores de fantochada, nada acrescentam e valorizam a Política. Só a empobrece.
É bom saber com o que se deve contar com estes dois tipos de intervenção, ainda que pareçam distantes. Afinal, a raiz dos dois tipos de exposição e intervenção é a mesma: olhem para mim, estou aqui, sou muito bom e o melhor de todos. O conteúdo tende a ser oco, só a forma tem outro tipo de revestimento.
Ente um e outro, a opção é óbvia: nenhum!
CMC
8:14:00 da tarde
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[0.208/2005]
Atenção TóZé
O mais chorão e triste de todos os candidatos a deputados, abriu concorrência aqui.
Pelo Jumento vi que resolveu já colocar a coroa de louros no líder do PS. Que será que vai fazer quando discutir política? (Será capaz?)
Chama-se a atenção para o facto de este Blog não ostentar em lugar de destaque a seguinte inscrição:
O acesso a este Blog está interdito a sulistas e elitistas. Buá! A exposição a este Blog pode ser altamente prejudicial à campanha eleitoral do PSD. Buá! Pode levar à depressão da população de Braga, em especial, e à da Nação, em geral. Buá! Pode provocar avarias nos teclados, devido às lágrimas de crocodilo que caiem do monitor. Buá!
Até pela actividade profissional do seu autor, é incompreensível que não faça estes avisos para preservação da boa saúde.
LNT
3:29:00 da tarde
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[0.207/2005]
Depois do cartaz o "atentado" musical
Pobre Professor de Boliqueime
O PPD sempre foi o partido político português que melhor explorou o campo musical nos períodos de campanha eleitoral.
O "Paz, Pão, Povo e Liberdade", hino do partido, sempre foi uma música presente ao longo dos vários anos de existência deste grande partido português.
Com o evoluir das campanhas, o PPD foi o único que começou a adoptar um hino para cada campanha eleitoral. Enquanto os outros partidos sempre utilizaram uma música que não o seu hino. À excepção do CDS.
O PS nunca utilizou a "Internacional". Em 1995 e 1999, no período de Guterres, contou sempre com Vangelis, "Conquest of Paradise"; em 2002, Ferro Rodrigues adoptou outro Vangelis, não menos conhecido, "Chariots of Fire". Agora, numa lógica de demarcação do reinado musical anterior, a nova liderança do PS adopta a banda sonora de "O Gladiator".
O PCP sem recorrer muito, durante a campanha eleitoral, ao "Avante Camarada Avante", usa a melodiosa "Carvalhesa".
Já o CDS adopta o hino oficial do partido. Criado em 1992, desde a liderança da refundação/adaptação do partido, por parte do actual líder do PND, o CDS há 13 anos que emprega nas campanhas e fora delas o hino oficial: "Para a voz de Portugal ser maior junta a tua à nossa voz".
Regressando ao partido português que mais acuidade tem no campo musical, a partir dos anos da liderança do Professor de Boliqueime o "Paz, Pão Povo e Liberdade", como hino oficial, começou a ter companhia de músicas que foram sendo produzidas e eram o tom musical do partido em cada campanha. O hino oficial do partido passava a figurar em momentos mais solenes, nomeadamente congressos nacionais.
Assim surgem: "Somos um rio" (1991), "Somos Todos Portugal" (2002) e, presentemente, saído do último congresso, "Geração Portugal". Nas primeiras iniciativas desta campanha eleitoral foi utilizado, com adaptação portuguesa, a letra brasileira da música "Guerreiro Menino".
Entre estas letras há uma diferença. A música do tempo do Professor de Boliqueime não tem nenhuma referência ao principal rosto do partido, facto que não sucede com as músicas produzidas desde 2002. Consta na letra o nome do Presidente do partido ("Somos todos Portugal" e "Geração Portugal").
Todavia, o actual Presidente do partido, não se rendendo ao desprazer feito pelo Professor de Boliqueime, aquando dos cartazes, recupera, para esta campanha, o hino de campanha do PPD de 1991, "Somos um Rio". Com uma diferença, os tons musicais sofrem uma ligeira diferença. Quanto a mim, para pior. A letra e o som originais são, de longe, muito mais graciosos do que os tons apresentados nesta nova versão.
Pobre Professor de Boliqueime. Sempre a querer livrar-se da má moeda e ela a entrar-lhe pelo seu património político, seja na imagem ou no som, os golpes dados por quem se diz alvo de facadas são sempre incessantes.
Tenta-se evocar uma herança política, por parte do actual Presidente do PPD, que o antigo líder nunca lhe deixou nem quer deixar. É caso, repito, para dizer: pobre Professor de Boliqueime.
CMC
P.S.- Para ouvir a versão antiga, terá de procurar nesta página, na galeria multimédia. Tem a necessidade de descarregar o ficheiro. Quanto à nova versão de "Somos um Rio", pode ouvir na página de campanha, na parte áudio, onde também pode ouvir outras músicas.
3:14:00 da manhã
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sábado, janeiro 29, 2005
[0.206/2005]
Demandas
Para além de todas as referências que já fizemos em [Post Aniversário] gostaria de deixar o apanhado com que, por essa Blogos fora, entenderam dizer de nós.
É com especial carinho que agradecemos a todos, sem excepção, as amáveis palavras que nos dirigiram.
De todos os comentários permitam-me que realce este que Masson entendeu por bem escrever no seu (nosso) Top Almocreve das Petas:
7:03:00 da tarde
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[0.205/2005]
Já se realizaram as eleições iraquianas
Amanhã realizar-se-ão as eleições iraquianas. Consoante a lente que observa a situação no Iraque o sufrágio foi um sucesso (já se realizou) ou será um logro (porque só decorrem amanhã).
Para muitos, grupo no qual me incluo, as eleições de amanhã serão uma verdadeira fantochada. Um embuste. Uma formalidade enganosa.
Para quem defendeu as eleições no Iraque, na realidade, estas já se realizaram. No caso da Administração norte-americana as eleições iraquianas, indirectamente, decorreram no passado dia 2 de Novembro de 2004, nos E.U.A.
Os cidadãos, norte-americanos e não iraquianos, legitimaram nas urnas a política de G.W.B. e decidiram dar-lhe novo mandato para completar a sua tarefa "messianicamente libertadora".
Alguns milhares de iraquianos, na diáspora, entretanto, já votam. Amanhã se verá quantos ousarão ir às urnas.
Mesmo com receio de muitos em depositar o voto ou, outros, por não se identificarem com o acto, o vencedor das eleições já tem uma agenda política marcada: fidelidade a Washington.
No fundo, o modelo eleitoral, com algumas nuances por ser outro país, não difere do adoptado no Afeganistão.
Para quem espera o resultado de amanhã, pode constatar os números de ontem, ou seja, de 2 de Novembro de 2004, e conhecerá o vencedor das eleições.
Entretanto, o Iraque, pós-putativas-eleições-democráticas, continua a ser o mesmo país sem estabilidade, sem condições, sem rumo, sem segurança e, obviamente, sem ser uma democracia.
CMC
3:24:00 da tarde
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[0.204/2005]
As juventudes partidárias e as eleições
Sou defensor da existência de juventudes partidárias, como espaço privilegiado de formação e debate político. Todavia, como os anos têm demonstrado, maioritariamente, as juventudes têm sido muito pouco do que deveriam ser.
Ao invés, as juventudes têm servido como centro de formação de carreiristas, muitos deles com poucas qualificações, quer a nível político e profissional, e, não menos despiciendo, humanas.
Constrói-se uma carreira à custa do caciquismo. Segura-se um lugar aqui, faz-se um frete, na juventude ou no partido ali, e a carreira de político, sem qualificações, está construída.
O melhor (para pior) exemplo do que acabo de dizer são a maioria dos principais dirigentes nacionais e distritais do PPD e, em certos casos, o PS também não fica atrás.
Por isso, centralizo este texto só nas juventudes dos dois grandes partidos e a sua postura nesta campanha eleitoral.
No caso da juventude do PPD, ideias não têm. O líder da juventude embirrou com o lugar que lhe reservaram e por isso saiu das listas. Faz uma campanha, pelos jornais e cartazes que já vi, sem nível. Do insulto reles e barato. Dando mais relevo ao principal adversário, o líder do PS, tentando passar a imagem de alguém que nada fez. Ora os jotinhas laranjas devem ter pouca memória. Se alguém se referiu ao trabalho desenvolvido com qualidade pelo Secretário-Geral do PS, enquanto governante no tempo do Guterres, esse alguém foi o actual Presidente do PPD, nos famosos debates, já que se fala tanto em debates, da RTP1. Dizia o então edil de Lisboa e comentador: "o Governo de Guterres foi um desastre, mas havia algumas excepções, entre as quais o senhor". O senhor, a que o Presidente do PPD se referia era José Sócrates.
Outro dos erros e infantilidades dos jotinhas laranjas é o cartaz dirigido ao BE. Um grande partido, como é o caso do PPD, deviam saber os jotinhas, nunca está numa contenda eleitoral em disputa directa com quem procura votos nas franjas. Procura, isso sim, com uma mensagem forte e determinada, obter a atenção e apoio na grande massa de eleitores que votam com sentido, consciente e inconsciente, de eleger para um Governo e não eleger deputados à Assembleia da República. Voto que se inclina para o PS ou PPD consoante a conjuntura.
Quanto à JS, já parece ser apanágio apresentar algumas propostas ditas fracturantes. Aborto, droga e casamento entre casais do mesmo sexo são as propostas apresentadas para estas legislativas.
Estas propostas não têm nada de errado, mas são mais do mesmo. No que diz respeito ao aborto, o assunto sempre foi, em Portugal, assumido pelos partidos. E, nestas eleições, o tema está em debate. Nada de novo. Em matéria de droga, mais do que a liberalização das drogas leves, é determinante a defesa de investimento nas diversas prevenções: primária, secundária e terciária. Nenhuma destas determinantes políticas são defendidas. Quase que se transmite, por entrelinhas, uma só ideia: defendemos que as pessoas, que quiserem, possam fumar ganza à vontade. Como quem pisca o olho a algum eleitorado juvenil rebelde.
Sinceramente, para uma juventude de esquerda, dita e considerada progressista, até um Governo de direita, o conservador PP em Espanha, adoptou uma política mais progressista e fundamental para a sociedade, as casas de chuto, com grande sucesso refira-se. O domínio, drogas, é o mesmo, o que diferencia é o principal do acessório.
Quanto aos casamentos entre casais do mesmo sexo, penso que é mais uma medida para os jotinhas tentarem vincar a sua presença e com isso procurarem mostrar a sua irreverência. Sabendo, de antemão, na actual sociedade portuguesa, por enquanto, tal medida ainda não é bem acolhida, por isso apresenta-se a medida. Dir-se-á: é um marcar de terreno. Posso até validar tal afirmação, mas de pouco substancial vale no quotidiano, sobretudo num momento decisivo para o nosso país, mais carente de mudar de estratégia, para referir áreas que dizem mais respeito aos jovens, de educação e trabalho.
Seria interessante ver as juventudes partidárias defenderem outro modelo para as relações entre a universidade e as empresas. Tanto se fala do modelo irlandês, mas bem podiam os jotinhas evocar o modelo finlandês, de como as ligações, frutíferas, entre universidades e empresas tem sido benéfico para todos: estudantes, empresários, trabalhadores mais antigos da empresa e, por consequência, do país, a Finlândia.
Seria interessante ver as juventudes partidárias defenderem outro modelo laboral. Tendo uma visão mais a longo prazo do que a médio. Pois os jovens de hoje só atingirão a sua reforma quando tiverem os seus oitenta ou mais anos. Importaria começar a prevenir e qualificar o trabalho.
Prevenir, no sentido de os horários de trabalho serem de 35 horas. Se antigamente trabalhava-se 40 por semana, para trabalhar mais ou menos 30 anos, em breve, trabalhar-se-á, devido à subida da esperança média de vida, 40 ou mais anos. E, defender uma política de qualificação permanentemente para as pessoas ao longo da vida, pois o ritmo da globalização tem alterado, e de que forma, as novas abordagens de trabalho, seja no campo das relações humanas, seja no campo das novas tecnologias, em constante mudança.
E, mais do que as balelas do costume sobre o debate do aborto, seria fulcral defender uma política efectiva de incentivo à natalidade. Um problema com que as sociedades europeias, especialmente a portuguesa, se confronta, com os baixos índices de natalidade. Devia de haver apoios aos jovens casais até aos 35 anos.
Apoios que não passariam só por benefícios fiscais, mas também por um relacionamento laboral, em especial a mulher.
Este é um assunto premente e discriminador. Primeiro para a mulher e também para o homem. Na realidade, a viabilidade do país começa a ser colocada em causa a longo prazo.
Enfim, as jotas continuam a fazer o papel dos últimos anos. Formar carreiristas e apresentar, só para tentar marcar diferença em relação aos partidos, propostas fracturantes, que de fractura muito pouco têm. Para além do já habitual agitar de bandeiras nos comícios.
CMC
3:20:00 da manhã
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[0.203/2005]
Síndroma JPP
Não fosse o ponto 2 e não escreveria este Post. Embora em forma de letra os problemas de JPP são da sua competência. As dúvidas também. Não tenho pena, nem me foi pedida ajuda. É coisa para outros especialistas, coisa que não sou.
Mas o ponto 2 não me é indiferente. Principalmente na frase:
(...) "ou aos socialistas que disseram cobras e lagartos de Sócrates e vão votar PS".
É que, caro Pacheco Pereira, ao contrário de si, e de outros no seu partido, os tais socialistas que disseram cobras e lagartos bateram-se democraticamente nos órgãos próprios do seu Partido. Fizeram campanha, fizeram-se eleger e discutiram como militantes, tudo o que havia para discutir.
Depois... bem, depois houve eleições como a democracia manda, e dessas eleições saiu vencedora uma determinada linha, que uma vez mais, porque respeita as minorias em democracia, as chamou para colaborar no manifesto eleitoral.
No Partido Socialista não se fizeram exclusões. No PSD houve muitos auto-excluidos que preferiram as tribunas não contempladas nos estatutos do Partido, à luta democrática.
Não misture as coisas. Fica-lhe mal.
LNT
3:15:00 da manhã
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sexta-feira, janeiro 28, 2005
[ 1º Aniversário (28/01) ]
Um ano a Tugir em português
1.736 Posts depois, cumprimos os 366 dias.
Sem mais pretensões que o gozo de partilhar pensamento.
A falar baixinho, para que nos oiçam.
Agradecidos.
LNT & CMC
Agradecimentos (Em actualização permanente):
Muitos têm sido os que, entre comentários, eMails e referências nos seus Blogs nos têm saudado neste primeiro aniversário. A todos enviamos um grande abraço reconhecido.
Tentaremos não deixar escapar qualquer um da lista que se segue (+ ou - por ordem alfabética):
Afonso Cruz - Blog Alerta Amarelo; Afonso Henriques - Blog Por Tu Graal; AJCM - Blog Peciscas; Albardeiro - Blog Albardeiro; António Colaço - Blog Ânimo; António Manzoni - (Sem Blog); Bruno Pais - Blog Elba Everywhere; Bruno Rocha, Humberto Coelho, Francisco Curarte, José P. Gomes, Paulo Valério, João Pedro e Luís Lusitano - Blog Estaleiro; Canzoada - Blog Os Cães Ladram e a Caravana Passa; Carlos Araújo Alves - Blog Ideias Soltas; Espumadamente - Blog Espumadamente; Despenteada Mental - Blog Ideias em Desalinho; Francisco Martins - Blog Tou que Nem Posso; Gabriel Silva - Blog Blasfémias; Gotinha - Blog Blogotinha; Guarda-Factos - Blog Guarda-Factos; Guilherme - Blog Lembranças dos Guerreiros; Helena Monteiro - Blog Linha de Cabotagem; Irreflexões - Blog Irreflexões; JCD - Blog Jaquinzinhos; JMI - Blog Amicus Ficaria; João Botelho e Jorge Silva - (Sem Blog); João Carvalho Fernandes - Blog Fumaças; João Teixeira - Blog Data Venia; Joaquim Paulo Nogueira - Blog Respirar o Mesmo Ar; José Flávio Teixeira - Blog Ma-Shamba; Leonel Vicente - Blog Memória Virtual; LFV - Blog Cabo Raso; Luís Carmelo - Blog Miniscente; Luís Coelho - (Sem Blog); Luís Sequeira - Blog Abnegado; Lutz - Blog Quase em português; Madalena Santos - Blog Chora que logo bebes; Marco Oliveira - Blog Povo de Bahá; Maria Conceição - (Sem Blog); Masson - Blog Almocreve das Petas; MFC - Blog Pé de Meia; Miguel Silva - Blog Viva Espanha; Náufrago - Blog Planando II; Nuno Guerreiro - Blog Rua da Judiaria; Nuno MA - Blog Arte de Opinar; Orlando - Blog Letras com Garfos; Patrick Blese - Blog Senhora do Monte; Paulo Gorjão - Blog Bloguítica; Pedro Adão e Silva - Blog O País Relativo; Pedro Caeiro - Blog Mar Salgado; Pedro Guedes - Blog Último Reduto; Pedro Santos - Blog JS Famalicão; Pulga - Blog Pula Pula Pulga; Raúl - Blog Congeminações; Roncinante - Blog O Jumento; Rui Baptista - Blog Amor e Ócio; Rui Branco - Blog Adufe; Rui Pedro Nascimento - Blog Esquerdices; Rui Perdigão - Blog 2B (TwoBe); Sibylla - Blog Cópula Vocabular; WR - Blog Forum Comunitário; Vital Moreira - Blog Causa Nossa; Xavier - Blog Saude,SA;
11:59:00 da tarde
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[0.202/2005]
O apoio de Freitas do Amaral ao PS
 Considero que o apoio manifestado por Diogo Freitas do Amaral não é nada surpreendente.
Para além do simbolismo político que representa, goste-se ou não do senhor ele é um dos fundadores do CDS e um dos considerados "pai" da democracia portuguesa.
O apoio manifestado pelo texto publicado na Visão, quanto a mim, não aquece nem arrefece os resultados do PS. Freitas do Amaral não vai afastar nem trazer novos eleitores. O "peso político" do antigo dirigente democrata-cristão junto do eleitorado não é o de outros tempos.
Pode, contudo, uma ou outra pessoa, simpatizante do reputado académico, deixar-se levar pelo apelo, assim como alguém que tem pouca afinidade com Freitas não votar PS.
Na realidade, os democratas-cristãos portugueses que hoje votam PS, votam mais pelo que o PS ainda tem de guterrista, a marca Guterres é indelével neste eleitorado democrata-cristão, como pelo facto de o PS apresentar alguns candidatos da área da democracia-cristã ou próxima dela. Desde o independente, mas digno no trabalho, dedicação e extrema qualidade Humana e Política de Guilherme d'Oliveira Martins, aos membros do Movimento Humanista: Maria do Rosário Carneiro e Teresa Venda. A quem, neste momento, se junta o candidato número um do PS pelo Porto, Braga da Cruz.
Freitas do Amaral é mais um dos nomes, da "velha guarda" da democracia-cristã, que nada tem em comum com a actual propalada democracia-cristã do CDS. Que de doutrina democrata-cristã tem muito pouco.
As pessoas do CDS e do PPD mostraram indignação. Ora, neste caso, nada de mais errado.
Quem conhece Diogo Freitas do Amaral, e no CDS ainda há quem conheça o seu fundador, a posição do ex-Presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas não é em nada incompatível com a sua posição política desde 1974.
Para quem se esquece, nomeadamente à direita, Freitas do Amaral sempre se assumiu como político do centro. Para mim, tal enquadramento não coincide propriamente com a postura sempre defendida por Freitas, pois não consigo encontrar definição para o espectro político do centro. Sempre considerei Freitas do Amaral um homem de direita, moderada, democrata-cristão e progressista.
Mas, pegando na posição desde 1974 de Freitas do Amaral, este sempre disse ser e situar-se ao centro. Para quem tem dúvidas basta ler a sua biografia política e constatar que, desde a implantação da democracia em Portugal, a sua posição tem sido esta. E o livro não foi escrito ontem, nem em 2002, para poder apoiar Durão Barroso.
Há quem, à direita, veja uma traição. O que é incorrecto. O próprio Freitas do Amaral nos últimos anos tem explicitado qual é a sua posição. Em Portugal, no que diz respeito à política interna, Freitas revê-se mais no PPD. Em política externa, no PS.
Freitas do Amaral não se revê, assim como muitos militantes do PPD, só não o afirmam publicamente por uma questão de pudor militante, que esta liderança, a maioria destes líderes do PPD, não têm qualidade.
Por isso, o apoio dado em 2002 ao PPD, não causou qualquer pasmo para ninguém, e, agora, a retirada desse apoio para dá-lo ao PS também não.
Restam-me poucas dúvidas, caso a liderança do PPD hoje fosse outra, e Freitas do Amaral apelaria, de novo, ao voto no partido fundado por Francisco Sá Carneiro.
O problema, para Freitas, como para muitos militantes e simpatizantes do PPD, reside nos actuais responsáveis políticos do partido. Falta-lhes, como se comprovou nos últimos meses, qualidade política, responsabilidade cívica e sentido de Estado.
Quanto ao CDS, e à actual liderança, e à incompatibilidade das pessoas, o problema é outro. E este encontra-se, ou melhor, provem desde 1992, com a nova liderança do partido. Na altura encimada pelo actual líder da Nova Democracia em parelha com o actual líder do CDS.
A liderança do CDS, desde 1992, representou para Freitas do Amaral a machadada final nos valores do partido que fundara em 1974 com Adelino Amaro da Costa.
Aliás, não é por acaso que desde esse período os valores democrata-cristãos foram arredados da doutrina política do partido. Substituídos por uma posição populista, anti-europeísta, ao arrepio do que foi um dos grandes pilares e valores do CDS de 1974: o aprofundamento da Europa política.
O CDS transformara-se em tudo aquilo que Freitas não apreciava no partido que fundou. O partido deixara de ser um partido de quadros, para se tornar um partido populista. Ou seja, o partido que Freitas sempre quis, uma versão portuguesa da francesa UDF, tinha desaparecido.
Ainda foram ensaiados alguns pontos de encontro entre Freitas e a nova direcção do CDS, mas tais pontos de convergência goraram-se, por que os valores, de ambos os lados, colidiam.
Em suma, penso que o apoio manifestado por Freitas do Amaral ao PS não surpreende ninguém. Só mesmo o simbolismo da manifestação pública é que provocou a mini-celeuma.
Afinal, sempre se trata de um fundador de um partido que concorre às eleições e manifesta o apoio a quem já foi o principal adversário noutros tempos (aqui sim, uma diferença notória em relação ao apoio que Freitas já dera ao PPD, que nunca foi o adversário, no campo das posições políticas, do CDS).
CMC
4:21:00 da manhã
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quinta-feira, janeiro 27, 2005
[0.201/2005]
A queda dos "patinhos"
Uma vez mais, o líder do CDS lança o isco e alguns políticos caem que nem "patinhos", especialmente os do PPD.
O Presidente do CDS já tinha lançado a primeira armadilha. Quando celebrou o acordo com o PPD no início deste mês, o rosto primeiro do CDS disse ser possível, mesmo em caso de vitória do PS, caso PPD e CDS tenham mais deputados eleitos vir a constituir Governo. Tal equação é válida, se bem que a probabilidade de tal suceder é diminuta.
Há uma semana, num debate televisivo, confrontado com a hipótese de o PS ganhar as eleições e formar Governo, o Presidente do CDS disse não enjeitar algumas viabilizações do executivo socialista. E, teve o cuidado de referir quais as áreas que viabilizaria: política externa e defesa.
Ora, qualquer dos seguintes partidos: PS, PPD e CDS têm, neste domínio, concepções que não chocam e não colocam em causa nenhuma das suas propostas. Ao contrário das posições do PCP e BE que são publicamente contra a permanência, por exemplo, na NATO.
O líder do CDS acabou, com a sua declaração, por lançar a segunda armadilha. E só os "patinhos", sem noção do que foi dito, caíram na esparrela. Saíram logo a terreiro alguns candidatos do PPD com receio de o CDS vir a apoiar o PS. Outros preferiram uma forma muito peculiar: escrever cartas. Parece que nem estamos num período de telemóveis ou até mesmo de blogues (que os candidatos já têm), onde se pode expor e responder a textos.
Aos "patinhos" laranjas caíram que nem tordos. O desnorteio dos actuais dirigentes do PPD, sem calo político apenas com experiência "cacicária", é por demais evidente.
A sageza do líder do CDS é suavemente notória e quanto mais ele defende o seu compromisso de levar até ao fim o pacto estabelecido, mais o parceiro de coligação vai ao encontro do discurso do actual responsável da Defesa. Ele diz que é o garante da credibilidade e estabilidade. Quem o prova, com sinais de desacreditação e instabilidade, são os parceiros do PPD.
A habilidade política precisa de inteligência e para estes dirigentes do PPD nem é, pelos vistos, precisa muita. Basta levantar uma pequeníssima pena, a que afirma a pés juntos que se manterá fiel ao que assinou, para o parceiro perder a orientação e fazer um vendaval, com prejuízos próprios.
CMC
P.S.- Lamento o fim do Bloguítica. Era uma visita diária assídua. Penso, pelo que leio, que terminou a fase Bloguítica. Um dia destes, deve surgir novo projecto. Desejo ao Paulo sucessos pessoais e profissionais.
Um leitor fiel cá se mantém à espera, até ao regresso, espero que para breve, dos escritos do Paulo à blogosfera. A qualidade do Bloguítica não deve ser somente esperada, mas também reclamada, sobretudo pelos leitores que fidelizou.
8:59:00 da tarde
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[0.200/2005]
Fim-de-dia
Estou ansioso para ir para casa, ligar a televisão e saber quais as baboseiras do dia.
Depois de um almoço de tese matemático-socióloga onde me foi demonstrado que os ciclos do passado se podem projectar para o futuro, não consigo desenvolver, deixo-me arrastar pelas rotinas do comum, à espera do fim dos tempos feito equação.
Que ao menos os noticiários me distraíam com as parvoíces de campanha, com as ondas de frio que não nos gelam, com as não notícias do dia e com a histeria do particular feito geral.
Nem o tal sorriso da manhã consegui manter!
LNT
5:11:00 da tarde
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[0.199/2005]
Boatos e canastrões
Insurge-se, e com razão, o autor do Irreflexões pelo facto de empedernidos socialistas revelarem o seu amor a "um ícone da direita americana".
Realmente o Mundo já não é o que era. Que desfaçatez! Amor por amor antes a um qualquer outro canastrão de celulóide. Mas foi o que estava a dar no momento, caro Irreflectido. Ao menos aquele não engana e como diz o João Fumaças em comentário, quando chateia muito, a Maria põe-no a pão e água, o que, convenhamos, é bem pior do que levar umas facadinhas nas costas.
Depois, falando de coisas sérias, o Irreflexões remete-nos para uma leitura do DN que não se deve deixar de fazer. Também aqui com razão. É bom que se leia e reflicta porque se a intriga e o boato passarem a ser a base da discussão política, então é mesmo altura de sair daqui. Pelos cartazes que os filhotes do PPD/PSL andam a espalhar por aí já se começa a entender a baixeza a que se chegou.
LNT
1:04:00 da tarde
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[0.198/2005]
Sociedade da Informação e do Conhecimento
A APDSI - Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação promove no dia 10 de Fevereiro, pelas 19:30 horas, no Fórum Picoas, em Lisboa, um debate com os partidos políticos sobre as estratégias para a Sociedade da Informação.
A entrada é livre mas sujeita a inscrição prévia, o que poderá fazer AQUI e o debate poderá ser acompanhado igualmente, em directo, pela Internet.
LNT
11:20:00 da manhã
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[0.197/2005]
Bloguítica
A quantidade de sorrisos que já vi hoje, fez-me prever um dia bem disposto. Mas a coisa não parece estar a correr muito bem. Abri a bloguice para espreitar os sorrisos dos outros e logo à primeira dou com um abandono de peso. Espero que seja uma crise passageira e que em breve neste ou noutro espaço seja possível continuar a acompanhar as análises que eram feitas no Bloguítica. Muitas vezes de acordo com Paulo Gorjão e outras tantas nem por isso, o Bloguítica fazia parte do modelo Blogos a que me habituei ainda em versões anteriores, escrevia ele nessa altura com sotaque belga, sem acentuação.
Um abraço ao Paulo Gorjão e sorte para os projectos futuros.
LNT
11:11:00 da manhã
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[0.196/2005]
Auschwitz
60 anos
"Uma parte da nossa existência reside nas almas de quem entra em contacto connosco: eis por que é não-humana a experiência de quem viveu dias em que o homem foi uma coisa aos olhos do homem."
Se Isto É Um Homem
Primo Levi
Importa despertar e evitar o esmorecimento da Memória.
CMC
1:39:00 da manhã
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quarta-feira, janeiro 26, 2005

[0.195/2005]
Grande Jogo
Estão de parabéns ambas as equipas.
Ainda assim... ganhou a melhor.
LNT
10:39:00 da tarde
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[0.194/2005]
Concentração
Um pouco de silêncio, por favor!
LNT
5:33:00 da tarde
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