quarta-feira, novembro 30, 2005
 [1.691/2005] Campanha suja
Começou o jogo sujo em Itália. A cinco meses das importantes legislativas, eis que um Senador, da força política do actual Primeiro-Ministro, vem a público lançar lama. Segundo o deputado do Senado, o candidato da esquerda e ex-Presidente da Comissão Europeia sabia, em 1978, o lugar onde estava raptado o Primeiro-Ministro, Aldo Moro, que apareceu morto na mala de automóvel, ao fim, sensivelmente, de dois meses. A formação política de il Cavalieri deve estar desesperada e vale tudo. Este deve ser, muito provavelmente, o primeiro de muitos episódios para denegrir a imagem pública do candidato de esquerda. A Itália não pode ser um porta-chaves de um senhor que põe e dispõe a seu bel-prazer. CMC
8:51:00 da tarde
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[1.690/2005] OPA lançada
Caro Gabriel, Que o senhor não seja o eleito do UMP para candidato presidencial, pois arrisca-se a ser o número um de França. Ainda por cima o PSF preferiu entregar de bandeja a vitória das presidenciais à direita. Se o actual chefe de Estado já é deplorável, caso o Ministro bastonada chegue ao Eliseu corremos sérios e graves problemas. Todos nós. Primeiro os franceses e, por consequência, depois, os europeus. É, de facto, a lógica de depositar pedras num saco e depois esperar que o saco caia ou, pior, que seja arremessado. A França carece de recuperação e a política do Ministro bastonada vai no sentido contrário, de enterrar o país. Espera-se que a política demagógica e nociva não seja assumida. CMC
3:21:00 da tarde
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[1.689/2005] Pois, mas...
Pois é, caro Walter. Estou inteiramente de acordo. Resta o seguinte: os portugueses, pelo menos grande parte, querem saber desses assuntos? CMC
2:51:00 da tarde
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[1.688/2005] Eleições mais do que democráticas
As eleições legislativas venezuelanas, do próximo domingo, são um autêntico, parafraseando a linguagem política portuguesa, passeio na avenida, para os sequazes do pseudo-biblista-bolivarista. O maior partido da oposição e adversário do populista-mor da América do Sul retira-se da disputa eleitoral, por considerar que a Comissão Eleitoral está, imagine-se!, a favorecer os prosélitos do poder. O populista-mor apenas pretende a eleição de dois terços do Parlamento, para fazer as revoluções, ou em linguagem parlamentar, reformas, que muito bem entender. Estão na Venezuela diversos observadores, entre os quais uma delegação europeia. Será que não notam nada de estranho? No próximo domingo os venezuelanos votarão tão livres quanto os cubanos votam hoje na livre Cuba? CMC
10:56:00 da manhã
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[1.687/2005] Já tem barbas, mas... Dedicada ao Jaquinzinho blasfemo
Na abertura da caça um coelho preocupado contratou um consultor especializado para que o ajudasse a atravessar a época sem ser chumbado. Coelho: "Diga-me lá, Sr. consultor especializado, como é que me safo de todos estes caçadores" Consultor: "O Sr. coelho, que conhece melhor do que ninguém o seu negócio, já viu alguma vez um caçador disparar contra uma árvore?" Coelho: "Não, nunca vi. Os caçadores disparam contra os coelhos, nunca contra as árvores". Consultor: "Então é fácil, Sr. coelho. Durante a época da caça transforme-se em árvore!" O coelho agradeceu, pagou ao consultor e quando deu meia-volta parou, perguntando ao consultor: "Mas Sr. consultor, como é que me posso transformar em árvore?" Aí o consultor, guardando o maço de notas no bolso respondeu com um sorriso: "Isso não sei, Sr. coelho, a minha profissão é de consultor." LNT Nota: Sobre o assunto ler ainda o desmame de Walter Rodrigues. Nunca estive tão de acordo com um texto da Blogos.
1:51:00 da manhã
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terça-feira, novembro 29, 2005
 [1.686/2005] Rapinanços
O Jumento que desculpe o abuso mas este cartaz é bom demais para ficar só naquele palheiro. LNT
5:19:00 da tarde
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 [1.685/2005] Em defesa do Pai Fundador
Quando o Pai Fundador resolveu recandidatar-se, muitos clamaram o absurdo, esgrimindo que não fazia qualquer sentido que, dez anos depois, se viesse de novo a candidatar ao cargo de Supremo Magistrado da Nação. Essa, que nunca foi minha argumentação dado que lhe assiste o direito constitucional de o fazer, foi no entanto utilizada vezes sem fim pelos mesmos que há dez anos apoiaram o Sr. dos Tabus para perder e agora voltam a propô-lo. Parece ainda mais incoerente porque, se é verdade que Soares não irá repetir a proeza de há vinte (e quinze) anos (o próximo Presidente será Alegre), já Cavaco conseguirá repeti-la na íntegra. LNTEtiquetas: lnt
5:13:00 da tarde
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[1.684/2005] Cruzes
Interessante abordagem de uma Católica sobre a retirada dos Crucifixos. A ler o que diz Maria da Conceição em Jardim de Luz. LNT
1:15:00 da manhã
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segunda-feira, novembro 28, 2005
 [1.683/2005] Assim não, Mr. Tony
Quando não os podes vencer, junta-te a eles. É a primeira impressão da proposta britânica. Num passo de mágica, a experiente diplomacia de Sua Majestade, para não ofender franceses, e juntar à causa os vetustos Estados comunitários, nomeadamente a Holanda e Suécia, grandes críticas da proposta luxemburguesa, dizia inicialmente, a presidência britânica prefere cortar nas verbas direccionadas aos novos Estados-membros. Acentuando, deste modo, uma clivagem entre os novos, e pobres, e os velhos, e ricos, Estados. Porém, os novos Estados-membros precisam de fundos para promoverem o crescimento e desenvolvimento. Contra Portugal falo neste ponto. A oportunidade deve ser dada, agora, aos novos. Infelizmente, os britânicos preferem fugir ao confronto com os franceses e nem ousam colocar em causa as verbas da PAC, só para não serem prejudicados no cheque. Se se confirmar esta proposta, que beneficia Portugal, diga-se de passagem, é lamentável que se sacrifiquem as reformas indispensáveis, como Blair referiu em Julho. Para não incomodar quem está acomodado aos subsídios, como por exemplo a França, despreza-se os novos Estados, muito mais merecedores de verbas do que muitos agricultores franceses ou os cofres britânicos, que enchem quando recebem o cheque de Bruxelas. O projecto europeu continua, assim, a passar ao lado das indispensáveis mudanças internas, para se tornar num efectivo bloco competitivo, onde existe crescimento económico respeitando a coesão social. É importante notar que estamos a determinar a evolução da próxima década europeia. E as alterações internas fundamentais adiam-se para 2013. Não se pode querer aprovar, só por que sim e para dizer, no fim, trabalho feito. Assim não Mr. Tony. CMC
9:02:00 da tarde
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 [1.682/2005] Fórmulas para formular
Portugal tem um grave problema sazonal de fogos que se tem acentuado nas últimas décadas e que levou inclusive, no presente ano, a determinar por decreto, a prorrogação da época oficial de incêndios. Logo, Portugal deve eleger para a Presidência da República um bombeiro voluntário ou, em alternativa, um sapador bombeiro. LNT Nota: Vês Carlos, também penso no futuro.
12:33:00 da tarde
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[1.681/2005] Sem motivos para sorrir
Caro José Flávio, Com motivos para sorrir? Penso que não há. Enfim... Quanto ao tema (país) central do encontro de Lisboa, não é de estranhar que o dito think tank português desse tanto protagonismo a Angola. Quem são os rostos mais conhecidos e quais as suas afinidades laborais? Basta somar um mais um. Com um crescimento, previsto para 2006, superior a 20%, queríamos que os senhores debatessem a Guiné-Bissau e como tornar o caju num produto altamente lucrativo? CMC
11:10:00 da manhã
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[1.680/2005] Todos perdem
Quando os dois lados do Mediterrâneo viram costas, os problemas, nomeadamente os sociais que afectam directamente as duas margens, recrudescem. A ausência dos líderes do Mediterrâneo Sul na cimeira de Barcelona deve conduzir, europeus, a uma reflexão. E esta reflexão não se pode fazer sem existir pontos de contacto e diálogo na parte asiática e africana do Mediterrâneo. No fundo, todos saem prejudicados e os problemas continuam sem solução à vista. Assim, torna-se difícil de atingir os grandes objectivos. CMC
10:36:00 da manhã
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 [1.679/2005] Decididamente, porque se é do contra.
Nada de novo. Fica com a taça. Fala-se em desenvolvimento, respondes com trabalho temporário. Fala-se em capacidade científica, respondes com alquimia e evocas coisas que nunca se escreveram, dando a entender que verdade e ciência foram usados como sinónimos. Fala-se em trabalhar, respondes com conversa. Fala-se em pró-actividade, respondes como resistência. Fala-se em progresso e cadeia de valor (caso da expo) e respondes com edificação, abstraindo a cadeia de valor e reduzindo tudo a betão. Fala-se de uma distância ridícula de 50 km, respondes que quem quer ir para New York, não vai para Filadélfia ou Washington (sabendo, ou talvez não, que muitas vezes (quase sempre) vai para Newark). O Futuro para Portugal é esperar que nada aconteça. É criticar sem apresentar alternativas. É ficar de braços cruzados a ver passar os comboios (e no caso, os aviões). Até pode ser que mantendo estas teorias chegues a Primeiro-Ministro. Não serias o primeiro. LNT Nota 1: Da última vez que fui a Madrid de avião, demorei do aeroporto de Barajas até ao centro (13 Km), duas horas. Nota 2: Continuo a não discutir a OTA. Só entendo que é imprescindível que Portugal tenha um Aeroporto Internacional moderno com acessos rápidos e eficazes. (passageiros e carga). Nota 3: Quanto ao insulto boliqueimista, passa-me ao lado. Todos que me lêem ou conhecem sabem porquê.
10:11:00 da manhã
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 [1.678/2005] A Ota não bate com a perigOta III
Interessantes, os últimos textos do TUGIR. Para quem nada queria dizer, afinal acrescentou mais itens. E, lá sobressaiu o estilo boliqueimista. É técnico, diz. É preciso saber do que se fala, argumenta. Por isso, só quem sabe, pode argumentar. Mas os próprios argumentos expostos caem em saco roto. Como se pode comparar a edificação da Expo98 à de um aeroporto? Noutro caso, com mais semelhanças, como se pode comparar um aeroporto de Lisboa ao de Nova Iorque? Quem quer ir para Nova Iorque, vai para Nova Iorque. Não vai para Washington ou Filadélfia, para depois seguir para a Grande Maçã. É a vantagem de uma grande e importante cidade. Na Península Ibérica, com Madrid a escassas horas, de TGV, quem vem de fora bem pode ir para Madrid. Cidade, a diversos níveis, mais apelativa do que Lisboa. Depois tem à disposição, se quiser, as pontas. Tanto pode ir a Lisboa como a Barcelona. Os textos anteriores caem num erro. E já que tanto argumento e defesa costuma provir do passado, pois então nada como ir aos arquivos e perceber por que é que Madrid foi edificada no local onde está, algumas milhas a norte de Toledo. Quando anteriormente Espanha tinha como capital a cidade banhada pelo Guadalquivir. Mas, quem quer ganhar o futuro, sem perceber o presente, pois então não olhe para o exemplo, bem presente, dos portos ibéricos. Afinal, Barcelona, Algeciras, Corunha, ou um porto do golfo Cantábrico, deve estar melhor situado do que os da costa atlântica portuguesa. Que, só por acaso, estão melhor posicionados para transacções inter-continentais. Mas o que interessa? Nada. Deste que venha emprego temporário. Não foi assim que o outro senhor deu a entender que fez muito pelo país? Não se pensa a médio longo-prazo. Interessa o imediato. Criam-se uns milhares de postos de trabalho, para enganar os estômagos vazios, e depois, bem, depois, logo se vê que outra obra é preciso fazer. Como muita da filosofia do boliqueimismo ainda reside. Vejamos uma pérola: O CMC não sabe do que está a falar, respondo. Porque mistura política com tecnicidade. Porque não tem competência (o que é natural dado estar a falar empíricamente de assuntos que obrigam grande e profundo conhecimento), tal como a não terá certamente o jornal que refere. Porque não consegue evidenciar, para além de com meras banalidades, o que está a dizer. Porque quer fazer desta converseta de café, de balcão de café, deste chorrilho de lugares comuns, uma verdade para a qual não dispõe de ciência. Porque parece aquela gente que discute com os médicos a medicamentação porque leu num site uma coisa qualquer sobre a doença. Ora, ora, ora. Se falamos em termos de ciência, então não se fale em verdades. Pois estas, em ciência, só existiam antes do século XX. A ciência agora vive de outros paradigmas. 1. Não saber do que se fala. Pois, realmente não vi ninguém, até ao momento, referir a questão geográfica da localização. Deve ser coisa menor. Já referi os portos. (Provavelmente não devo ter habilitações para falar de nada.) 2. Misturar política com tecnicidade. Então, nesse caso, a frase cai, por ela própria ser feita com base em argumentos de café. É necessário distinguir política de politiquice. A política, quando assumida, também tem tecnicidade. Empregar palavras como: verdade, ciência, ficam sempre bem, mas deve saber-se usá-las. Já que, uma não bate com a outra. Pois é da sua química, à luz, aqui sim, da ciência vigente, que esta não vive em função da verdade. A verdade é uma preocupação de outros campos, que não da ciência. Nota última, com a sua piada: "Em Portugal pensa-se muito e faz-se muito pouco"? Sim?! Gostava de ser tão optimista neste ponto. Será que o pensar é... "arregaçar as mangas"? Talvez seja precisa muita ciência, para dobrar as mangas, e nem todos estão ao alcance desta verdade. Como está frio, prefiro não arregaçar. Pronto... "de vez em quando solta-se-lhe a pena, e passa um bocadinho para o lado de lá"... o lado de lá?! Ok! Segundo alguns, agora muitos, é a Terra que gira à volta do Sol e não o inverso. O geocentrismo não vigora há muito tempo. "Nada que a experiência de vida não venha a remediar daqui a alguns anos de maturidade." CMC
7:12:00 da manhã
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[1.677/2005] Caro Manuel,
Já tudo valeu a pena. Cavaco, o silencioso e taciturno Cavaco levou, como lhe ensinou, a Bandeira da República e o Hino para a campanha. Acabei de ver no plasma. Cavaco, o pseudo-pré-eleito Cavaco, parece ter entendido que Portugal precisa de se orgulhar para avançar. Cavaco, o derrotado Cavaco a caminho da segunda rejeição, no entanto ainda não entendeu que se Portugal precisa de nós, prescinde dele. Falta a Cavaco a sua poesia. A poesia que dará a Portugal a essência, a força da palavra. Hoje quebrou-se o Quadrado. LNT
3:16:00 da manhã
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[1.676/2005] Acréscimo final, final aos três, mais ao suplemento
Agora que já sabemos a estória do passarinho Ui! Ui!, podíamos continuar a estudar o sexo dos anjos, de forma política, evidentemente, fazendo mais uma daquelas micro-causas que nada mais acrescem do que a vaidade de as ter lançado. Por exemplo: Poderá o arquitecto da auto-estrada nº 32.423, s.f.f., apresentar os estudos que o levaram a usar o betão XPTO em detrimento do YZX na construção da berma do lanço 51.879? Aviso desde já que esta Micro-Causa é coisa séria e será multiplicada por 879 Blogs de sociólogos, politólogos, filósofos e outras ciências exotéricas (que percebem tanto de alcatrão como os arquitectos das teorias platónicas), a serem referenciados todos os dias até que o arquitecto venha dizer no clube dos arquitectos, de preferência em sessão televisiva satisfazendo a nossa curiosidade que, um dia destes, irá explicar as razões. Só nessa altura nos daremos por satisfeitos. LNT Nota: A utilização da imagem do AirBus A380 que ilustra esta série de Posts destina-se a relembrar os arautos do futuro que ele, o futuro, já começou ontem e que a esse futuro já é impossível a aterragem em território nacional, por falta de planeamento passado.
12:05:00 da manhã
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[1.675/2005] Suplemento à série de três
Um aeroporto Internacional moderno é uma infra-estrutura de elevada complexidade tecnológica que envolve muito, para além da engenharia. Seria bom que, no mínimo, quem fala destas coisas tivesse a noção do que é tráfego aéreo para tentar compreender o que se quer dizer quando se fala de saturação. (Pelo menos ter a noção de que saturação de tráfego aéreo não quer dizer engarrafamento de aviões) Defender ou combater a construção de uma aeroporto internacional com base nas viagens domésticas de passageiros entre Lisboa e Barajas é um contra-senso. Possivelmente, mesmo hoje, essa linha é altamente deficitária. Para viagens domésticas como essa poderá haver alternativas bem mais razoáveis em termos de custos, de comodidade e de tempo. Falar em aeroportos internacionais modernos sem equacionar, o trânsito de mercadorias, sem perceber todas as envolventes logísticas e o desenvolvimento do perímetro onde se vai instalar, é um desnecessário esforço de inutilidade. LNT Nota: A utilização da imagem do AirBus A380 que ilustra esta série de Posts destina-se a relembrar os arautos do futuro que ele, o futuro, já começou ontem e que a esse futuro já é impossível a aterragem em território nacional, por falta de planeamento passado.
12:04:00 da manhã
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[1.674/2005] Três, terminando a série de três
Talvez não fosse mau acabar-se com esse disparate de falar do Aeroporto de Figo Maduro. Chamar-se aeroporto a um aeródromo militar que é, única e simplesmente, um conjunto de barracões e uma torre de controlo, revela bem o conhecimento de muitos opinadores sobre a matéria. LNT Nota: A utilização da imagem do AirBus A380 que ilustra esta série de Posts destina-se a relembrar os arautos do futuro que ele, o futuro, já começou ontem e que a esse futuro já é impossível a aterragem em território nacional, por falta de planeamento passado.
12:03:00 da manhã
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[1.673/2005] Dois de uma série de três
A resposta às provocações cavaquistas já está dada no Post anterior. Agora vamos ao que interessa. Sem discutir a OTA, porque não a discutirei, não estou habilitado para tanto, gostaria no entanto de deixar algumas considerações sobre. Quando se fez a Expo, ouviram-se tantas vozes como agora, para que se não avançasse no processo. Ainda não havia a Blogos e por isso, enquanto o mundo do trabalho se sentava nos estiradores e trabalhava, os teclados dos opinadores estava em sossego. Estes últimos fizeram-se ouvir nos jornais e ainda agora andam por aí a gritar o fracasso da iniciativa. Gesticulam com os números que dispõem, normalmente com os que se extraíram das receitas das bilheteiras. Revelam a habitual insensatez de tomar a parte como o todo, mesmo quando lhes entra pelos olhos dentro a verdade dos factos. Basta recordar (se alguma vez souberam) o que era a área de desastre da malha urbana que aquela zona representava e o que vale hoje essa mesma área. Basta analisar o valor da Hotelaria, do Comércio, dos Serviços, dos milhares de Fogos de Habitação, dos Negócios, das Tecnologias, do Desenvolvimento e Emprego, em suma, da riqueza que acresceu ao investimento de transformar uma lixeira naquilo que lá está. É visível, mensurável e palpável. Agora chegou a vez de novo investimento da mesma ordem. Não um mamarracho Boliqueimista para tuga ver, como foi o do Centro Cultural de Belém, mas uma infra-estrutura de desenvolvimento como é um aeroporto internacional moderno. Não um naco de betão insustentável de voraz consumo, mas um pólo de actividade produtiva. Quem conhece os aeroportos internacionais de Nova Iorque, e isto é só um exemplo, sabe que, para além das pistas de aterragem, se desenvolvem uma imensidão de factores criadores de riqueza envolvendo áreas tão diversificadas como Indústria Hoteleira, Indústria de Componentes, Indústria Aeronáutica, Indústria e Serviços de Reparação e Manutenção de Aeronaves (tecnologias de ponta), Indústrias Informáticas e Serviços de Telecomunicações, Cattering, Armazenagem, Comércio, Habitação, etc. numa infinidade de factores desenvolvimentistas e de progresso. (Saibam as escolas preparar nos próximos anos gente com capacidade técnica para tudo isto) Sabe que, para a construção de qualquer um deles, não foi factor determinante a adivinhação da sua expansão daqui a 50 anos, porque é impossível ter hoje sequer ideia , do que serão as comunicações daqui a 50 anos e porque hoje não é possivel pensar em projectos a 50 anos. Quando chegar a altura haverá novas soluções geradoras de mais desenvolvimento, mais emprego, mais avanço tecnológico e científico. Falamos de tecnologia e ciência, não falamos de obras de fachada. Em Portugal pensa-se muito e faz-se muito pouco. Há muitos treinadores generalistas de bancada que, depois de analisados os seus curriculuns, nada se consegue apurar no construído. Gente que gasta a palavra futuro e é incapaz de qualquer acção pró-activa para que esse futuro comece no presente. O resultado está à vista e a culpa é sempre dos outros. LNT Nota: A utilização da imagem do AirBus A380 que ilustra esta série de Posts destina-se a relembrar os arautos do futuro que ele, o futuro, já começou ontem e que a esse futuro já é impossível a aterragem em território nacional, por falta de planeamento passado.
12:02:00 da manhã
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[1.672/2005] Um de uma série de três
Ao meu amigo e Camarada CMC, de vez em quando solta-se-lhe a pena, e passa um bocadinho para o lado de lá. Aconteceu-lhe isso no texto [1.667]. Nada de grave, nada que a experiência de vida não venha a remediar daqui a alguns anos de maturidade. Para já, para de alguma forma contribuir para essa maturidade, porque o papel dos mais velhos também é o de contribuir pedagogicamente, aconselha-se a que, para se obterem regras mínimas de civilidade, não se comece o diálogo com o insulto. Não é boa prática começar uma contestação com impropérios do tipo: "Se me perguntassem quem tinha redigido, pela filosofia, podia ser conduzido ao Professor de Boliqueime. Não penso, em público. Não digo, em público. Não me manifesto, em público. E, como cereja no topo do bolo, não acrescento mais nada, em público, para não incomodar" até porque, por este lado, nunca nada ficou por dizer com frontalidade. Depois, ao contrário do que o meu caro amigo e camarada CMC diz, o debate na Blogos tem sido à volta de questões técnicas e ele próprio as utiliza, vaga e irresponsavelmente, quando refere: "E, no campo estratégico, nem é preciso muito, talvez uma simples soma aritmética esclareça por que é que a localização escolhida não favorece o país, ela é iníqua no contexto peninsular. Mais, a médio longo-prazo, como ontem apontava um jornal, a partir de 2050, o novo aeroporto, provavelmente, satura.", transformando um assunto de alta complexidade, num simplicismo inconsequente. Porquê este parágrafo, perguntará CMC? Porque o CMC não sabe do que está a falar, respondo. Porque mistura política com tecnicidade. Porque não tem competência (o que é natural dado estar a falar empíricamente de assuntos que obrigam grande e profundo conhecimento), tal como a não terá certamente o jornal que refere. Porque não consegue evidenciar, para além de com meras banalidades, o que está a dizer. Porque quer fazer desta converseta de café, de balcão de café, deste chorrilho de lugares comuns, uma verdade para a qual não dispõe de ciência. Porque parece aquela gente que discute com os médicos a medicamentação porque leu num site uma coisa qualquer sobre a doença. Bom, mas como disse no início deste texto, depois, com mais experiência de vida, quando começar a atenuar as suas verdades com a experiência de construir, há-de perceber que a vida é assim mesmo. Só tem sempre razão quem nunca faz. É o processo normal de crescimento, o mesmo que faz colaborar e contribuir para aquilo em que se acredita, mesmo correndo riscos, em vez de optar pelo repimpanso no conforto das palavras à espera que os outros façam, para criticar. Quem sabe faz, quem não sabe ensina, não é assim? LNT Nota: A utilização da imagem do AirBus A380 que ilustra esta série de Posts destina-se a relembrar os arautos do futuro que ele, o futuro, já começou ontem e que a esse futuro já é impossível a aterragem em território nacional, por falta de planeamento passado.
12:01:00 da manhã
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domingo, novembro 27, 2005
[1.671/2005] Perspectivas Financeiras
Veremos, em Dezembro, como termina a presidência britânica. Vão ser dias de aceleramento do processo, das Perspectivas Financeiras, congelado desde finais de Junho. Primeiro tratou do assunto, à refeição, com o motor europeu. Na passada quinta. Agora vai ao leste limar arestas. Depois faltam os do sul. E, finalmente, o braço-de-ferro, com os vizinhos a sul da Mancha. Cedem os dois ou não cede nenhum? Continuo a pensar que o Orçamento será aprovado em Dezembro. Devido a quê, quem, como, está por apurar. Algo deve estar debaixo da manga. CMC
6:03:00 da tarde
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 [1.670/2005] Sempre há uma Perdigota
Luís, Afinal sempre há uma Perdigota. Mas não é PerdigOta. O alvo não foi, nunca foi, 2b Perdigão! CMC
5:44:00 da tarde
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[1.669/2005] Mesmo nos tempos mais tristes ainda há motivos para sorrir
Caro Luís, Continuamos com motivos para sorrir, mesmo nesta crise que não finda. Mais um jogo, mais uma vitória do nosso Vitória. Nos derradeiros minutos. Até ao apito final é vindima (n'é Luís?). Mais três pontos. Estamos no topo e tu podes aproveitar o momento para descomprimir um pouco. Se quiseres, dentro de uns dias, aproveita a dica. Vai a Oslo, coloca um lacito, em vez da gravata. O teu modelo económico (e não só) apresentará a cerimónia dos Nobel. Como vês, Hayek não sai tão facilmente de moda. CMC
5:30:00 da tarde
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[1.668/2005] A boa proposta do Ministro
A proposta do Ministro da Administração Interna, de reduzir o número de freguesias, é boa. É uma das matérias mais delicas, a nível político, mas é indispensável alterar a presente situação. Com o número existente de freguesias, autênticos David e Golias, estas são pouco frutíferas para os interesses das populações e do país. Obviamente que se tem de atender à especificidade de cada caso. Porém, a actual situação não é de todo a favorável, pelos poucos poderes e verbas consagradas às freguesias. Por muita dedicação e rigor que os autarcas de freguesia tenham, e deve ser reconhecido, o país não pode comportar as mais de quatro mil e quinhentas freguesias. Argumenta-se, da parte dos autarcas, com base nos "campeões da racionalidade". De acordo. Mas é precisamente por este argumento, e não só, que a redução é necessária. Ao diminuir o número de freguesias, importa atribuir, ao mesmo tempo, novas competências e novos poderes. Talvez o Ministro pudesse fornecer a alguns autarcas o projecto empreendedor de Mouzinho da Silveira. O país não pode continuar com um modelo de capelinhas. CMC
11:37:00 da manhã
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 [1.667/2005] A Ota não bate com a perdigOta II
Este texto causa-me espanto, ainda por cima é da autoria de um dos escribas do TUGIR. Se me perguntassem quem tinha redigido, pela filosofia, podia ser conduzido ao Professor de Boliqueime. Não penso, em público. Não digo, em público. Não me manifesto, em público. E, como cereja no topo do bolo, não acrescento mais nada, em público, para não incomodar. Ora, francamente Luís! O debate que se está a ter não é técnico. É político. Por acaso algum dos argumentos se prendeu com as condições do solo, a quantidade de terras que têm de ser removidas, as condicionantes do local para a pilotagem, etc, etc? Não sejamos ingénuos. Pois já dizia Salazar, Abel, não o outro, o médico que só sabe de medicina, nem de medicina sabe. Eu dei-me ao trabalho de ler alguns estudos e não são tão inacessíveis como se pensam. Porém, como referi, onde está um estudo estratégico que conjugue as diversas infra-estruturas nacionais? Não há. E, no campo estratégico, nem é preciso muito, talvez uma simples soma aritmética esclareça por que é que a localização escolhida não favorece o país, ela é iníqua no contexto penínsular. Mais, a médio longo-prazo, como ontem apontava um jornal, a partir de 2050, o novo aeroporto, provavelmente, satura. Mas se todos quisermos ser boliqueimistas, pensar que o país cresce pelas obras de fachada, que dão emprego momentâneo, e promovem algum crescimento, também momentâneo, pois então, em Janeiro, ele aí está, para receber apoio ao seu modelo de (sub)desenvolvimento. Ao fim destes anos nota-se no que deu uma década de betão. Formação, qualificação? Nada! Mas, segundo o raciocínio desenrolado ao longo do texto, é melhor não falar de quase nada na blogosfera. Porque é fácil: não sei, não me importo, muito menos quero saber. Isso é coisa de técnicos. É fácil! Se em Portugal a nomenclatura do poder, qualquer que seja a cor, aprecia o yes, minister, - estes hábitos de outros tempos! -, pois então, aqui, neste blogue, há uma escrita que também sabe dizer não, quando discorda. E não diz não, só porque não. Apresenta os pontos de vista e está disponível ao diálogo. Afinal, também é fácil! CMC
9:47:00 da manhã
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 [1.666/2005] Kizzze Ui! Ui!
Porque será que o passarinho, em cada aterragem que faz, grita sempre Ui! Ui!? Uma questão em aberto neste Tugir em português. LNT
2:29:00 da manhã
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[1.665/2005] Blog da semana
A semana passada, tivemos como referência o Blog Fumaças, de João Carvalho Fernandes.
Para esta semana escolhemos outro veterano da Blogos. O Rua da Judiaria, de Nuno Gurreiro.
Nuno Gurreiro, é autor dos melhores textos publicados na Blogos portuguesa. A Rua da Judiaria é o mais militante de todos os Blogs na defesa de uma causa. A extrema inteligência com que é feito, aliado ao bom gosto e cultura de quem o constrói, é uma marca que honra todos os que, como nós, somos seus leitores diários. Sem os textos de Nuno Guerreiro a Blogos Lusa seria uma realidade bem mais pobre. Bem-vindo, caro Nuno, a esta lista do Tugir em português. LNT & CMC
2:18:00 da manhã
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 [1.664/2005] Fórmulas para formular
Portugal tem um grave problema de higiene urbana que se tem acentuado nas últimas décadas. Logo, Portugal deve eleger para a Presidência da República um almeida. LNT Nota: Vês Carlos, também penso no futuro.
2:12:00 da manhã
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[1.663/2005] Net Causa
Queira o Jumento, s.f.f., anotar que não se encontra só na cruzada NetCabo. Aqui o escriba está de alma e coração com o combate à aldrabice dos Megas que a NetCabo diz vender. Prefiro mesmo não dizer a que velocidade tenho andado nestas navegações de Banda-Larga porque posso ser lido no estrangeiro e todos ficarão com muito má impressão das nossas empresas da PT. Força Jumento. Proponho que disponibilize mesmo um Logotipo para uso de todos os que se queiram juntar a esta luta. LNT
1:50:00 da manhã
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[1.662/2005] Outras águas
A não perder a colecção de cartas que João Tunes tem vindo a publicar no Água Lisa, extraídas do:
"A Fábrica e a Luta em Construção" de Armando Sousa Teixeira. LNT
1:42:00 da manhã
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sábado, novembro 26, 2005
[1.661/2005] Banco Alimentar Contra a Fome
"Todos juntos podemos fazer a diferença e ajudar os portugueses com carências alimentares neste Natal"...
Mais de 11 000 voluntários colaboram neste fim-de-semana (26 e 27 de Novembro) na recolha de alimentos, em 561 estabelecimentos comerciais localizados nas zonas de Aveiro, Abrantes, Coimbra, Cova da Beira, Évora, Leiria-Fátima, Lisboa, Porto, Setúbal e S. Miguel, no que constitui mais uma oportunidade de expressão da solidariedade generosa com que os portugueses acolhem desde há 13 anos estas operações de recolha de alimentos. (Continue a ler) Publicado por LNT
6:35:00 da tarde
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[1.660/2005] OTA's
Porque é que não escrevo sobre a OTA? É fácil. Porque não sei o que escrever sobre. Porque nunca pedi os estudos sobre a OTA? É fácil. Porque possivelmente não os saberei interpretar, assim como também não saberia interpretar os estudos sobre uma operação ao intestino grosso, ou dificilmente interpretaria os estudos estatísticos da importância da cultura dos anelídeos no desenvolvimento integrado da economia-agrária. Porque entendo que todos os palpites sobre a OTA são pura perda de tempo? É fácil. Porque o dinheiro que existe para construção de um imprescindível aeroporto internacional é para construção do da OTA. Porque se não for para ali não é para qualquer outro sítio. Porque se não se avançar rapidamente para a construção de um aeroporto internacional que sirva Portugal vamos continuar a marcar passo no atraso relativamente ao resto dos países desenvolvidos. Porque é totalmente igual que o aeroporto seja na OTA como em Rio Frio desde que os passageiros e cargas tenham acessos rápidos e modernos. Porque não voltarei a fazer mais nenhum texto sobre a OTA? É fácil. Porque não vale a pena. Porque discutir opções técnicas e misturar com luta política é um disparate. Porque considerar que a distância de 50 km da Capital é grande, me parece falta de senso. Porque é preciso urgentemente que se avance nas infra-estruturas para se desenvolveram estudos, se envolverem escolas, se impulsionarem economias, se abrirem mercados, se derem fortes abanões no desemprego e se espevitar a ciência, a pesquisa, a investigação e a inovação, tudo coisas que acontecerão com a criação de uma moderna actividade como a construção de um aeroporto internacional. O sexo dos anjos fica para depois se, por causa dele (do sexo) os anjos não puderem aterrar. (Conhecem a estória do passarinho Ui.Ui.?) LNT
6:28:00 da tarde
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[1.659/2005] Fórmulas para formular
Portugal tem um grave problema demográfico que se tem acentuado nas últimas décadas. Logo, Portugal deve eleger para a Presidência da República uma enfermeira-parteira. LNT Nota: Vês Carlos, também penso no futuro.
4:49:00 da tarde
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 [1.658/2005] Vês Rui Perdigão,
bem te avisei que seria só uma questão de tempo, até que o CMC se metesse contigo. Aquilo da perdigota trás água no bico... :) LNT
4:45:00 da tarde
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[1.657/2005] A Ota não bate com a perdigOta
Fala-se em estudos. Apresentam, divulgam e, alguns, defendem os estudos. Mas um dos mais importantes estudos, o primeiro, o da viabilidade e rentabilização estratégica nacional, que deve conjugar as diversas infra-estruturas, as alavancas da economia, aos mais diversos níveis, tendo em consideração a posição geográfica do novo aeroporto, das linhas de TVG e dos portos, nada existe neste domínio. A escolha do local do novo aeroporto surge como um micro-organismo, dissociado do resto do país. Como se fosse possível escolher a localização sem ter em conta as vantagens e desvantagens para Portugal, no contexto ibérico e europeu. O local do novo aeroporto deve ser seleccionado com base, de antemão, num zona que não prejudique as diversas regiões do país. Por isso, promover uma única porta de entrada e saída, via área, é prejudicial para o desenvolvimento e crescimento do país, no seu conjunto. A localização do novo aeroporto, na Ota, contribui, precisamente, para o afunilamento, a nível interno, e torna Portugal um país periférico. Não menos relevante, são os traçados das linhas de TGV, que, como estão desenhadas, em conjugação com a localização do novo aeroporto, são prejudiciais. 1.No caso interno, com a ligação de TGV Lisboa-Porto, o aeroporto Sá Carneiro deixa de ter rentabilidade. Isto porque, com o novo aeroporto da Ota, quem chega a Portugal, prefere dirigir-se para o novo aeroporto. Lisboa fica a menos de meia-hora de distância e o Porto, com o TGV, fica a uma hora. Ou seja, Pedras Rubras deixa de ser pista atractiva, pois a procura vira-se para um ponto centralizador. E mais vale ir para um local que permita escolher outros destinos, no caso Lisboa ou Porto, do que confinar-se a um. Se para o utilizador isto é benéfico, para o país, nomeadamente para a sua economia, é prejudicial. A região norte, em concorrência directa com a capital, perde. Não só, mas também devido ao país já de si muito centralizado que temos.  2. No caso externo, e aqui as consequências são preocupantes. Com o novo aeroporto da capital a mais de 50 quilómetros, e com um TGV de Madrid a Lisboa, que se faz em três horas, o nosso aeroporto, no contexto ibérico passa para segundo plano. Pois quem vem de fora, para a península Ibérica, prefere o centro, isto é, Madrid. Pois a partir da capital espanhola, já de si centro de poder e decisão a nível internacional, a pessoa está a escassas horas de distância, via TGV, das duas pontas do rectângulo. Por isso, Barcelona ou Lisboa estão mais perto para quem está em Madrid. 2.1 Após a excelente e arriscada jogada da TAP, em relação à Varig, Portugal pode perder em concorrência directa com Espanha. Os dois Estados europeus que mais disputam o mercado sul-americano. Mercado emergente e que dentro de 10/20 anos pode tornar-se determinante para as economias ibéricas, se as relações entre a Península e o mercado da América do Sul se aprofundarem. O que já sucede com os espanhóis. Ora, tendo em consideração todo um mercado que procura uma porta na Europa, Madrid torna-se mais atractiva, pela centralidade, do que Lisboa. Infelizmente, falta estratégia ao país. E ela é gritante, como se comprova no caso dos portos. Temos melhor posição geográfica do que Espanha, no entanto os portos mais rentáveis são os espanhóis e não os portugueses. Agora, dá-se, no caso aéreo, de bandeja, a Madrid, o pólo centralizador da península. O Porto perde ainda mais protagonismo internamente e Lisboa, a nível peninsular, passa para segundo plano, atrás de Madrid. Definitivamente, a Ota não bate com a perdigOta. CMC
1:03:00 da tarde
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sexta-feira, novembro 25, 2005
[1.656/2005] happy few, WR? LNT
11:17:00 da tarde
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[1.655/2005] O fim de um ciclo
As notícias e os dados contribuem para o aceleramento da saída do Primeiro-Ministro britânico. Provavelmente Blair não deve chegar ao fim do mandato, em 2009, como líder do Executivo britânico. Não será corrido do poder, como a Dama-de-Ferro. Mas, se deixar de governar os britânicos, a saída procurará, em certa medida, salvaguardar o futuro do Partido Trabalhista. Gordon Brown tem de provar ser tão bom no número 10 de Downing Street como é no 11 (onde fica o Chanceler do Tesouro britânico). Pois o confronto político em 2009 será mais difíci. O Partido Conservador está a mudar e torna-se um sério e preocupante adversário. Por outro lado, a frescura política de 2005 não é a mesma de 1997. O desgate pessoal é elevado, depois das recentes e conflituosas opções militares. Independentemente do que venha a acontecer, independentemente dos índices de popularidade, confiança, subirem ou baixarem, trata-se, sem sombra de dúvidas, do melhor político da actualidade. Está a chegar ao fim um ciclo, uma liderança. Todos têm o seu tempo e saber interpretá-lo também faz parte da visão política de um líder. Quem sabe se no segundo semestre de 2006 ou em 2007, termine um grande ciclo político no Reino Unido. CMC
6:53:00 da tarde
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 [1.654/2005] O Portugal político dispensável
O Nuno Pinto refere um ponto importante neste comentário. Portugal (como qualquer outro Estado) não tem de ser um "bom aluno" na União Europeia. Portugal não precisa de políticos que defendem esta posição, de adulação europeia e comportar-se como um Estado obtuso. Ou será que Portugal não se considera um país e dispensa os seus votos nos lugares de decisão europeus aos grandes Estados? O passado recente mostra que Portugal tem valor e quando bem orientado politicamente dá a sua valiosa contribuição. Quem promoveu a Agenda de Lisboa, que faz parte das orientações actuais de todos os Governos europeus? Portugal. Como ontem referiu, e bem, o Presidente da Comissão, a UE não se pode construir com base num directório. Todos os Estados têm o seu assento e a sua leitura da União. Não pode haver, num espaço democrático, uns a determinar e outros a obedecer, como animais amestrados. A tese do "bom aluno" é a forma mais primária de legitimar, sem o dizer, o directório. A tese do "bom aluno" só serve quem quer um país pequeno, sem ambições, nem orientações e é uma tese promotora da mesquinhez, por estar centrada sobre o próprio umbigo. Os desafios da globalização são ganhos com audácia e convicção, não com receio dos próprios valores. CMC
2:12:00 da tarde
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[1.653/2005] 25 de Novembro
Quando um dia se fizer a História do Século XX em Portugal, talvez se esqueça o operacional que, mais tarde, foi Presidente da República. Falar-se-á, nessa História, do líder vermelho que travou as culatras. A todos, sobreporá a sombra que segurou as pontas, que evitou a matança enunciada nas listas, comunistas e da direita revanchista. Um dia a História falará de Ernesto Melo Antunes. Nos operacionais, honrará os homens de Jaime Neves. Já longe da emoção. Faz hoje 30 anos que foi implantada a democracia em Portugal. LNT
10:56:00 da manhã
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[1.652/2005] O outro lado do sucesso dos Governos do PP
Gostei de ouvir o Presidente da Comissão Europeia, na entrevista que cedeu à televisão pública. Todavia, o senhor precisava de ter uma leitura mais abrangente do caso espanhol, que a dado momento citou. Se os Governos PP, entre 1996 e 2004, foram bons, por mérito próprio, não se pode, nem deve, excluir da análise, as bases políticas, económicas e sociais deixadas pelo poder anterior, ou seja, as presidências de González. Sem as quais, provavelmente, parte do sucesso político e económico dos Governos PP, em oito anos, não seriam alcançados. CMC
10:25:00 da manhã
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quinta-feira, novembro 24, 2005
 [1.651/2005] A procura de tempestades onde não existem
Hoje, um articulista e bloguista, na sua verve semanal num jornal de referência da praça nacional, expeliu críticas ao Ministro dos Negócios português, pelas afirmações que este fez a propósito da presidência britânica, por causa das Perspectivas Financeiras. Como é hábito, o referido articulista e bloguista procura, para ficar bem na fotografia e mais tarde reinvidicar os seus acertados pontos de vista, antecipar La Palissadas. Diz que Portugal vai ser prejudicado com as Perspectivas Financeiras, por causa das palavras do Ministro português. O raciocínio não está errado. É verdade que Portugal, em termos líquidos, vai perder. Apesar de ainda não estarem fechadas, até eu sei que Portugal vai receber menos verbas do que no anterior Quadro. Todavia, o rigor exige que seja referido a nova dimensão da UE, que passou de um convívio de 15 para 25. E, não menos importante, os 10 que entraram carecem, e bastante, de fundos. O que não sucedeu em 1995, quando Áustria, Suécia e Finlândia aderiram à União Europeia. Como é típico, na análise habitual do senhor, tudo ganha uma dimensão, negativa, que não tem e o texto acaba por se resumir a uma tempestade num copo de água. Refere, o articulista bloguista, que foi o maior ataque de um governante a outro Governo europeu nos últimos anos. Pois, como é hábito, a memória, quando não lhe interessa, ou apaga ou afaga, como é o caso. O senhor menciona a intervenção do Presidente francês aquando do conflito com o Iraque. Mas em termos de comparação, é muito mais grave, política e diplomaticamente, mandar calar governantes, do que dizer que estes nada fizeram. Enfim, a simplória análise, elaborada de forma abrupta, ainda que aqui e ali um pouco florida para disfarçar, do bota-abaixo. Nem imagino, o Primeiro-Ministro britânico. Deve ter tido, nos últimos dias, muitas insónias, por causa das declarações do Ministro português. Aliás, como não tem mais nada com que se preocupar, é capaz de estar a pensar se deve ou não denunciar a mais antiga aliança do mundo. CMC
9:24:00 da tarde
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[1.650/2005] O melhor e o pior do Governo em 48 horas
Distaram apenas dois dias, do melhor e pior deste Governo. Hoje, assumiu o ambicioso e indispensável Plano Tecnológico. O salto qualitativo de que Portugal tanto carece e não mais pode ser adiado. O passaporte para o nosso futuro. Porém, na terça, sinal contrário, foi apresentado o mais desastrado e a pior aposta, o novo aeroporto. Qual a diferença entre os dois casos? Estratégia. No primeiro caso, está pensado. O futuro, na sociedade global, agarra-se com qualificação. No segundo, está amontoado, sem orientação mínima e torna Portugal um país periférico. (Sobre a Ota e o TGV vale a pena, noutro texto, escrever algo mais, pois esbanja-se e perde-se o capital geográfico que o país possui. Como nuestros hermanos agradecem, sem o dizer.) CMC
8:52:00 da tarde
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[1.649/2005] Uma triste estória
Oriunda da classe alta e das chamadas boas-famílias-tradicionais-portuguesas (daquelas que têm muitos nomes ligados com " e "," d' " e " de ") uma criança, 5ª de uma ninhada de seis, ficou aos quatro anos perdida no seio de uma família desfeita, marcada por um incidente blasfemo, que então se chamava "separação judicial de pessoas e bens". Pelo instinto maternal apurado decidiu a justiça entregar a ninhada completa à progenitora. Ao bom costume da fidalguia, os elementos femininos da ninhada estudaram no Colégio de São José e os machos, divididos em lotes de dois, pelos Colégios Manuel Bernardes e São João de Brito. Mas as dificuldades foram crescendo e, o quinto referido, acabou a inaugurar o Liceu Dom Pedro V em frequência do curso complementar dos liceus, o que se revelou grande ousadia na mistura com a plebe. Dado ao sarrabulho, cedo se viu envolvido em cargas policiais diversas e outras cenas menos dignificantes do seu estatuto e acabou, como não podia deixar de ser, a ter de fazer pela vida, coisa que ainda hoje pratica e já passaram mais de trinta e cinco anos. Este miúdo franzino e rebelde de boas-famílias, fez-se aviador em tempo de guerra, enquanto alguns filhos de merceeiros de então (que depois passaram a empresários do comércio a retalho) continuaram os seus estudos. Daí, teve de continuar a labuta, porque ao contrair matrimónio com uma fidalga também em crise, novas responsabilidades comezinhas sobre ele se abateram. O tempo passou, inúmeras especializações em tecnologias "de ponta" foram-se consolidando, as inscrições em faculdades foram-se sucedendo e sempre a falta de tempo (e de bolso, porque seguindo a tradição das boas-famílias, manteve as sua própria ninhada em Colégios de meninos ricos) fez com que nunca tivesse passado de um urbanóide. (há quem diga, medianamente culto e socialmente aceite). Esse (hoje homem maduro a caminhar para a terceira idade, coitado) escreve por aqui e ali, faz disto e daquilo, nunca atingiu o almejado estatuto de Doutor. Chorem, que esta é uma estória verdadeira. LNT
3:13:00 da tarde
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[1.648/2005] Info-causa (Dia 1º)
Queira o Sr. dos Tabus informar s.f.f. onde estão os milhões oriundos da U.E (ex-C.E.E.) que entraram em território nacional durante os seus mandatos. Sejamos claros: Queira o Professor de Boliqueime mandar informar s.f.f. como é que tantos "empresários de sucesso" que hoje já não têm as empresas e despediram os trabalhadores, continuam a ostentar tantos sinais exteriores de riqueza. Sejamos ainda mais claros: Queira o Senhor Professor Doutor dignar-se falar s.f.f. para explicar como conseguiu até hoje fazer passar a ideia de que os seus Governos foram os que maior desenvolvimento e melhor gestão trouxeram a Portugal desde os saudosos idos em que um outro Professor Doutor provincianóide, atafolhou o Banco de Portugal de Oiro, em contraste com os restantes esbanjadores países libertinários (ou libertinóides) europeus. LNT
1:30:00 da tarde
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[1.647/2005] A tecnocracia segundo São Paulo, São José e São Bento (de entre outros) ou a Epístola do wrbanóide ou o Sermão do coitadinho aos burgueses
Dado que Portugal é um dos países da União com menor grau de desenvolvimento na área das TI (motivo para um atraso de mais de 30 anos) é preciso que o próximo Presidente da República seja um especialista em Tecnologias da Informação. De preferência self-made-men, oriundo do sector terciário, carregado de tiques autoritários em consequência da sua condição emergente. E assim se defende com estigmatização preconceituosa, nova descriminação. LNT
1:00:00 da tarde
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 [1.646/2005] Bom começo europeu
Para as primeiras horas de Chanceler, nada mau. Uma deslocação a Paris, como era de esperar. Outra a Bruxelas, à sede da UE e da NATO. Hoje, um jantar em Londres (dará relevo e estímulo à aprovação das Perspectivas Financeiras?). E, na visita à capital da União, defendeu o projecto constitucional europeu. Perspectiva-se uma aproximação a Washington, ao mesmo tempo que o Ministro dos Negócios Estrangeiros, do SPD, pode ter um contacto privilegiado com Moscovo. Ponto da Europa de Leste que não pode ser desprezado. Precisamos, como europeus, de uma Alemanha com visão europeia e não de um Estado encalhado num eixo preponderante da UE, mas que nos últimos anos tem sido um autêntico empecilho à dinâmica europeia. Esperemos que Frau Angela, na política europeia, preserve e impulsione a sua herança política. CMC
7:35:00 da manhã
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quarta-feira, novembro 23, 2005
[1.645/2005] É tudo igual?
Quem diria. O cão amestrado europeu do imperialismo norte-americano também deu instruções ao mestre. Que vergonha! Segundo relata hoje um jornal nacional com grande tiragem nacional, citando uma notícia ontem publicada num jornal inglês, o Primeiro-Ministro britânico opôs-se à posição do Presidente norte-americano, quando este pretendeu bombardear este canal de televisão, por o considerar iníquo, aquando da intervenção militar no Iraque, há dois anos. O que vale, como algumas pessoas pensam e avaliam, ambos são da mesma cepa. Tal e qual! CMC
7:38:00 da tarde
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