sábado, abril 30, 2005
 [0.645/2005] Um trunfo para inverter a nega
Seria hipócrita considerar o ressuscitar (político) de Lionel Jospin como determinante para a subida do "sim" e a diminuição do "não". De acordo com os números das últimas sondagens. Uma já dá a vitória por escassíssima margem ao "sim". Mesmo com a preparação de planos B e a tentativa de desdramatizar uma vitória do "não", como está a fazer Jacques Delors, o aparecimento de Jospin é importante. Primeiro, pelo peso que o antigo Primeiro-Ministro e ex-líder socialista tem nas bases do PSF. O apelo ao "sim" de Jospin pode influenciar os muitos socialistas mais inclinados para chumbarem o Tratado. Por outro lado, pode ser, assim se espera, um primeiro sinal de uma possível recandidatura de Jospin às presidenciais de 2007. Talvez dos poucos, senão mesmo o único candidato da esquerda com possibilidades de travar a marcha, até agora imparável de Sarkozy, e ganhar as eleições. CMC
11:53:00 da tarde
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sexta-feira, abril 29, 2005
 [0.644/2005] Hitler
Para comemorar os 60 anos do fim da II Grande Guerra, a RTP passa hoje dois documentários sobre Adolf Hitler. Já anteriormente passou os últimos dias do Duce e amanhã passará o documentário final. A memória é essencial. A não perder na RTP 1: 22:55 - Adolf Hitler - A Guerra vista a cores. 00:00 - Hitler - Os últimos dez dias. LNT
10:50:00 da tarde
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 [0.643/2005] A girafa chinesa e a avestruz ocidental O tsunami de trapos
O Ocidente parece dar-se conta, só agora, do verdadeiro tsunami de trapos provenientes da China. Tsunami previsto. Bastava para tal facto a liberalização do mercado, que entrou em vigor no início do ano. E, os números são incontornáveis. Na Europa, no primeiro trimestre deste ano, entraram só 150 milhões de camisolas e outros tantos milhões de outras peças de roupa. O desemprego, que grassa nas margens ocidental e oriental do Atlântico norte, pode estar em vias de aumentar. E, face ao tsunami chinês de trapos, as medidas de (re)erguer novas barreiras para conter a inundação de trapos dos primeiros meses deste ano prevêem-se a curto prazo. No meio desta contenda, a China não tem feito o papel da avestruz. Aliás, desde o início que os chineses não fazem o papel de avestruz. Penso, até, que serão, numa linguagem zoófila, autênticas girafas - pois conseguem ver de uma posição mais alta, logo, vêem mais longe. O Ocidente confronta-se, internamente, com vários receios e problemas. Erigir barreiras aos trapos chineses será benéfica para milhares de empregos. Mas, acaba por ser um adiamento do problema, que, mais cedo ou mais tarde - com o ritmo da globalização bem se pode prever o curto prazo - acabará por surgir novamente. A contenção não suportará a força dos produtos de chancela chinesa. O neoliberalismo está a dar os seus últimos suspiros. Alguém esqueceu-se de ter em conta alguns ingredientes, tais como: alargamento à escala mundial dos Direitos Humanos, logo Direitos do Trabalho; a importância demográfica; e, no caso ocidental, o envelhecimento da sociedade, havendo poucas perspectivas de regeneração, daí a necessidade inevitável de imigrantes para assegurar o normal funcionamento da sociedade. Imigrantes estes que, legitimamente, fogem à tirania dos seus países, preferindo submeter-se à escravatura Ocidental do que sobreviver à miséria da sua terra natal. A desregulação mundial está a atingir um pico outrora inexistente. Naturalmente, devo confessar, que estou a fazer uma leitura com lentes ocidentais. Que, procura levar, ou pelo menos manter, as condições de dignidade e Direitos do Cidadão e não diminui-las, como já está a acontecer na Europa. Trabalhar mais e com menos condições começa a ser a fórmula encontrada, para já, por empresários e trabalhadores, de forma a manterem minimamente o seu modo de vida. Os tempos são de grandes e complexos desafios, mas não podem ser enfrentados com uma posição de avestruz. CMC
6:45:00 da tarde
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 [0.642/2005] Proposta que vale votos
Cartada eleitoral brilhante, a do líder dos liberais-democratas, ontem na BBC, propondo a saída imediata dos militares britânico do Iraque. A guerra do Iraque já proporcionou, directa ou indirectamente, duas vitórias eleitorais. Uma na Alemanha e outra em Espanha. É irresponsável a proposta do liberal-democrata? Com certeza. O Iraque está longe de ter encontrado estabilidade. E todas as forças estrangeiras estacionadas nas margens do Tigre e do Eufrates são poucas para assegurar a estabilidade necessária. No entanto, no calor da disputa eleitoral, a entrevista ao chefe liberal-democrata demarcou-se e evidenciou-se, e muito, da cedida pelo líder conservador. Até porque este, independentemente do que tem acusado nos últimos dias o candidato trabalhista, os conservadores também se mostraram favoráveis à intervenção militar. O único partido que se opôs foi o Liberal Democrata. A proposta irresponsável deve valer mais umas centenas ou milhares de votos, num eleitorado ainda vulnerável ao assunto, sobretudo agora que na campanha britânica só se debate Iraque, Iraque, Iraque. CMC
9:56:00 da manhã
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 [0.641/2005] Blogo-conteúdos pagos
Paulo Querido fala de comercialização de conteúdos na Blogos. Não é peregrino na matéria mas, tirando o sorriso que esta abordagem provoca, mantenho-me convictamente céptico quanto à concretização dos objectivos que pretende alcançar. Imaginem o Abrupto, normalmente considerado como o Blog mais lido em Portugal, a entrar num esquema destes. Quantos dos muitos leitores que tem, o deixariam de ser a partir do momento em que se fizesse pagar pelos Post's que publica? Os blogs são espaços de cultura, reflexão, comentário e de lazer. A comunidade Blogos poderá estar interessada em conhecer e em debater os temas que aqui são abordados mas, tirando a valia intelectual desse debate, o gozo de influência (?) dos comentários e o das picardias, pouco acrescenta à cadeia de valor. O comércio electrónico é uma realidade mundial e existe valor comercial na disponibilização de conteúdos. Se o forem de formação, de informação e de criação de massa crítica, devidamente estruturados e indexados e sustentados em Sistemas de Informação consistentes e fiáveis. (Não me alongarei em detalhes técnicos, porque a tecnicidade paga-se). A única forma de rentabilizar o que aqui se faz, será através de publicidade paga, que poderá vir a ter algum sucesso se, em primeiro lugar, houver forma fiável de medir audiências (o que até agora é tecnicamente impossível) e em segundo lugar, permitir que, através dos hiperlinks, se realizem directa ou indirectamente vendas dos produtos anunciados. Mesmo constituindo Blogs do tipo "carteira de emprego", que poderiam ter algum sucesso, teria de se garantir a fiabilidade tanto da informação para os interessados, como a evidenciação através de indicadores, no sucesso da colocação. O segredo da Blogos reside na sua gratuitidade e liberdade, associadas ao gozo de provocar impacto na opinião, mensuráveis por contagens honestas de acessos ou hits (auditáveis) e nas referências de intercomunicabilidade tanto dentro da comunidade Blogos, como na comunicação social, ou ainda pelas referências nos círculos de influência a que se dirige. Um exemplo da possibilidade de medição por terceiros do impacto é constatado através de um link a outro Blog, na apreciação do crescimento de acessos dirigidos a esse endereço a partir do Blog que o referencia. Não é segredo para ninguém que um link inserido num texto do Causa Nossa, por exemplo, significa de imediato um acréscimo de visitas significativos ao linkado, durante o período em que esse link se mantenha suficientemente visível. (Falo do Causa Nossa por experiência própria. Acredito que se o link for de qualquer outro Blog situado nos primeiros 20 lugares do ranking, o resultado será + ou - semelhante). Desde o nascimento do weblog.com.pt que venho dizendo que Paulo Querido se aventurou numa missão de largo risco a não ser que por trás do projecto tivesse uma sólida estrutura tecnológica suportada por um planeamento económico/financeiro consistente que lhe permitisse aguentar o crescimento sustentado. Desde sempre apontei o louvor que, em termos de desenvolvimento da sociedade da informação, comunicação, conhecimento e saber, lhe devemos pela iniciativa e pelo esforço hercúleo que se prontificou a desenvolver. No entanto, não creio que atinja qualquer sucesso através desta sua proposta. LNT
3:24:00 da manhã
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 [0.640/2005] Europeizar o 25 de Abril
Falta um mês para a França referendar o Tratado Constitucional europeu. Em Portugal, o debate gaulês, que se tornou europeu, passa ao lado. Como tudo que é matéria europeia. Apenas nos preocupamos com a politiquinha lusa. A que nem ata nem desata. Há algumas mudanças, reconheça-se, mas, bem vistas as coisas, lá está Portugal, sempre nos mesmos lugares. Um lugar à frente ou um lugar atrás da Grécia. E agora, que chatice!, a companhia dos tipos do Leste. Até já há países à nossa frente! Indicam-nos as tabelas de desenvolvimento (é preferível algumas pessoas mais sensíveis nem repararem nos indicadores de educação, não apanhem um valente choque - termo tão in no vocabulário político luso - quando constatarem os elevadíssimos índices de literacia dos antigos Estados abrigados, com opressão, pelo Pacto de Varsóvia). Não é por acaso, que ainda hoje, a semântica do futebol, um dos sectores mais internacionalizados de Portugal e que mais projecção dá ao país, utiliza a expressão: vamos à Europa, em vez de: a equipa foi apurada para a Liga dos Campeões ou a equipa vai participar na Taça UEFA. Algures entre o Império perdido e a Europa desejada, lá vai Portugal, cantando e rindo, como se as coisas da Europa e do mundo fossem questões que não dizem respeito. Ainda há quem pense/diga que não continuamos "orgulhosamente sós"? De que vale o 25 de Abril se a mentalidade ainda está pregada e parada no 24? CMC P.S.- Caro Luís Coelho, este texto acaba por surgir como breve reflexão à tua pertinente questão, de como fazer um novo 25 de Abril. Por que não, por exemplo, europeizar o 25 de Abril? Não nos fundos comunitários, que vão ser negociados em breve, mas no pensamento nacional. Ao fim e ao cabo, europeizar não era uma ambição de então? 'Devolver' Portugal ao seu continente, do qual andou arredado durante vários séculos? Até o Estado Novo, no curto reinado do orador de "Conversas em Família" estabeleceu contactos com a CEE, procurando uma adesão às Comunidades Europeias. Caro Miguel, peço desculpa por só agora responder. Quanto à primeira questão, ela tinha em conta a cronologia, ou seja, feito um novo 25 de Abril, não se poderia cair num PREC. Que se provou ter sido um período de retrocesso para o país. Quanto à abordagem que fiz no texto, penso que em nada, em momento algum, coloquei em causa as conquistas de Abril. Pelo contrário. É por entender que temos/devemos ser mais exigentes, pela própria democracia, que devemos questionar que projecto democrático trilhamos. Esta é, sem dúvidas, uma conquista de Abril que não podemos desprezar.
3:20:00 da manhã
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 [0.639/2005] Se vem no Avante, então é verdade
Vale a pena ler os comentários deixados no Post do Forum Cidade onde se anunciava a ruptura da Coligação para Lisboa. Principalmente o 11º comentário (anónimo, claro está) que transcreve a versão do Avante sobre esta questão. Claro que os dogmas não se discutem e se vem no Avante, então, não só é verdade, como também é a única verdade. LNT
12:57:00 da manhã
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quinta-feira, abril 28, 2005
 [0.638/2005] Querem entalar o Tony mas não conseguem escapar ao veredicto das urnas
Estão a tentar entalar o Tony. O termo é mesmo este: entalar. Por causa do Iraque. Falta uma semana e continuo a pensar que a vitória de Blair é irreversível. Dentro de uma semana os pratos eleitorais ficarão limpos e as dúvidas, quanto ao vencedor, dissipar-se-ão. E, por esta crença ser tão forte, a Sociedade Blairista do Bairro Alto (SOBaBA - que sigla Luís, coincidências?!) já assegurou uma grande confraternização, no dia 6, com os neo-blairistas. Este novo grupo de camaradas que começa a despertar para uma forma de estar e exercer política com base nos critérios de qualidade e norteando-se, sempre, pelos princípios jamais inquestionáveis de querer o melhor para o país, começa a ganhar consistência. Dispondo, cada elemento, desmesuradamente, toda a liberdade de pensar o que quiser. O grupo é fiel ao princípio fabiano, da incontornável máxima de George Bernard Shaw: liberdade implica responsabilidade. Para além dos discursos da ordem, de faca e garfo a preceito, os croquetes, como dita a tradição dos neo-blairista, serão sempre uma entrada para saborear a alegria política do ano. CMC
9:24:00 da tarde
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[0.637/2005] Ainda na senda dos Cartoons
Ainda dizem que a Constituição Portuguesa é restritiva. Permite quase tudo, até falta de ética e de vergonha! Oh, eiras! Logo agora que perdi o rasto de uma lenga-lenga que Augusto Pinto Baptista, quando estava bem disposto, costumava recitar sobre as aventuras duma tal Princesa Karca na Linha do Estoril. LNT
2:49:00 da tarde
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 [0.636/2005] O tempo das dúvidas sem enganos
As dúvidas foram exibidas, ou melhor, ditas. Os enganos não. Alguém, por acaso, ouviu, leu, tomou conhecimento que houvesse uma única referência a enganos? Claro que não! Por conseguinte, o paradigma continua válido. As dúvidas continuam a rarear e os enganos não existem. Imaculado vai até ao Verão, e, no tempo de São João, surge o senhor, talvez num andor, fazendo furor... até Janeiro chegar.
CMC
1:16:00 da manhã
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[0.635/2005] Disputa com interesse
Ora, para surpresa minha, a Oeiras laranja tornou-se uma caixa de surpresas. Por um lado, dignidade do Presidente do partido. Teve coragem. Por outro, o desgostoso, a nível partidário, não me surpreendeu com a candidatura anunciada à margem do partido, depois de ter recebido a nega do recém-eleito líder. Em Outubro veremos quem levou a melhor. E, se calhar, os socialistas, encostados na retranca à espera da decisão laranja, devem de surgir com algum nome de peso no concelho da linha. Veremos quem ganha a corrida em Outubro. CMC
1:06:00 da manhã
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[0.634/2005] Airbus A380
Este Post é dedicado a todos os que não acreditam na capacidade e engenho da Europa da cooperação, da ciência e da tecnologia. LNT
12:27:00 da manhã
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quarta-feira, abril 27, 2005
 [0.633/2005] Lisboa
O Jumento volta à carga sobre a ruptura das negociações pelo PCP para constituir uma nova coligação de esquerda em Lisboa. Volta, e coloca, quanto a mim bem, a questão da paridade absurda exigida pelo PCP e da insinuação de situar o PEV no mesmo plano do BE. É verdade que os dados disponíveis relativos ao peso de cada um dos Partidos em Lisboa são falíveis, uma vez que se referem a votações para outros órgãos de soberania. Mas só não vê quem for cego, porque a realidade de há 12 anos nada tem de comparável à de hoje. O Bloco de Esquerda não existia naquela altura e o PCP reduziu a sua implantação. Aliás, já então, o acordo celebrado foi largamente vantajoso para a CDU, atribuindo-lhe um peso que na realidade não detinha. Agora esse ciclo fechou-se. Como afirmei anteriormente, entendo que o concurso em separado, é actualmente a forma mais correcta das forças partidárias se apresentarem a votos. Permite esclarecer. Será com os números correctos na mão que se poderão começar a desenhar, para futuro, novos cenários. Aos que vaticinam fragilidade nesta opção só tenho uma palavra a dizer: Os cidadãos de Lisboa saberão entender o que está em causa e não deixarão de dar resposta capaz ao novo desafio, escolhendo as melhores propostas apresentadas a sufrágio. O Forum Comunitário apresenta boas razões para distinção dessas propostas. LNT
1:26:00 da tarde
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 [0.632/2005] Procurar misturar o insolúvel
Surge a tese de que uma frente de esquerda é necessária nas autárquicas para a esquerda poder triunfar nas presidenciais. A tese pode ter validade teórica, mas, no campo do real, é pouco verídica. Como se sabe. As autárquicas têm um âmbito muito próprio. E, exceptuando-se algumas capitais de distrito (praticamente Lisboa e Porto), nos restantes concelhos do país a escolha tende, quase sempre, a pender mais no candidato do que no partido. Ao contrário da lógica de voto nas legislativas. No caso das presidenciais, que neste momento estão imunes de qualquer influência eleitoral anterior, sejam resultados autárquicos e/ou legislativos; não há qualquer dinâmica de vitória, de um espectro político, no caso da esquerda, que vá contagiar as eleições de Janeiro de 2006. Há algum tempo, três anos sensivelmente, que a esquerda queimou o único candidato com condições para ganhar a corrida a Belém em 2006. Por isso, e de forma inteligente, o candidato da direita soube colocar-se à margem das tricas partidárias, nomeadamente as da sua área política, com as quais nada quis e até chegou a demarcar-se, e surgirá como candidato imaculado no próximo Verão. Alguma esquerda já está a procurar justificações para antecipar, com largos meses de distância, uma derrota inevitável, (quase) certa e sabida por todos. Da esquerda à direita. Pelos vistos, a forma encontrada para defender a ausência de uma candidatura vencedora de esquerda passa, agora, pela defesa de uma frente de esquerda nas autárquicas, argumentando que esta frente teria efeitos nas presidenciais. Ora, como já referi, as próximas presidenciais estão imunes a quaisquer ondas eleitorais anteriores. E, melhor, beneficiam da tese há uns anos apregoada da defesa de ovos em diferentes cestos. E, tendo em conta esta tese, da dita frente de esquerda autárquica, faço uma leitura oposta. Caso viesse a concretizar-se, tal só viria reforçar a candidatura imaculada, pelo simples facto de este ter como princípio norteador a corrida para Belém e o candidato de esquerda concorre com o intuito de contrariar o candidato de direita. Ora, só pode ganhar quem corre com a finalidade de cortar a meta e não quem corre para tentar inviabilizar a corrida de um adversário da mesma competição. Por isso é que o dono do Muttley nunca ganhava as corridas. Isto aprende-se em criança. A esquerda queimou-se a si própria. Sobretudo por invejas pessoais. Pelos vistos, a lição das presidenciais francesas de 2002 ainda não foi bem estudada pela esquerda portuguesa. Assim sendo, agora, quem quiser lamba as queimaduras, mas não se queixem dos outros. Assumir a responsabilidade só interessa quando há ganhos. Quando não há, pois os outros que a colham. Esta mania de considerar que o "inferno são sempre os outros" é anacrónica e lúgubre. É a vida! CMC
12:56:00 da manhã
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 [0.631/2005] Faccioso
Imagine-se longe de Portugal, no meio do Índico. Imagine-se num atol australiano, de calções, no baloiço de uma rede esticada entre os coqueiros. Sem mosquitos, nem RTP, SIC, TVI ou quejandos. Ou então não imagine e deixe a fola envolvê-lo na leitura descritiva de António Torres. Diz-se Faccioso, gostava de saber como e de quê. Bloga em português a partir de Coco Keeling Island e mantém-se tão a par do que aqui se passa que mais parece teclar a partir do Mar da Palha. LNT
12:52:00 da manhã
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 [0.630/2005] Gente que dói
Vítor Pinto Basto, jornalista do Jornal de Notícias, irá fazer a apresentação do seu segundo livro, desta feita resultante de uma reportagem que publicou, como ele nos diz, num tugido do conflito basco. O convite de lançamento é feito para a Casa da Animação no Porto, dia 28 de Abril, às 21:00 horas, embora o livro Gente que Dói - o conflito basco por quem o vive, seja posteriormente apresentado na Biblioteca Municipal de Espinho e na FNAC de Santa Catarina. Fica a novidade e votos de bom sucesso ao autor. LNT & CMC
12:51:00 da manhã
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terça-feira, abril 26, 2005
[0.629/2005] Diálogo de no sense em private joke
A abelha voava de um jardim para o outro. A borboleta o tempo todo, pulava de flor em flor. E enquanto procuravam a felicidade, acabaram se encontrando: - Queria saber fazer mel, disse a borboleta, para sentir que sou útil neste mundo. - E eu queria ter asas doiradas, respondeu a abelha, para enfeitar a vida. Pauluz
Lembra-te que as coisas mais lindas do mundo são também as mais inúteis: por exemplo, os pavões e os lírios. John Ruskin
Lembra-te que as pavoas não tendo o leque dos pavões são muito mais úteis: por exemplo, põem ovos. LNT
PS (ou Labour): As piadas secas, como diz a Margarida, devem-se certamente ao aproximar do humor britânico. Melhores dias virão.
1:39:00 da tarde
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[0.628/2005] Ainda?
À procura de Godot. CMC
10:06:00 da manhã
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segunda-feira, abril 25, 2005

[0.627/2005] Grândola Vila Morena
Uma vez mais a tradição foi cumprida. Abril saiu à rua na cidade embora, infelizmente, mais envergonhado e em cada ano mais partidarisado. Abril, festa popular, desfile de luta, irá acabar em breve. Pena que assim seja, porque a liberdade será sempre mais importante do que o regime em que se celebra. Cantares que se perderão no esbatimento dos rituais. Cada vez menos: O povo é quem mais ordena. LNT
7:19:00 da tarde
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[0.626/2005] A poucos dias da consagração
Mais um apoio de peso. O testemunho, em plena campanha, do último Presidente Democrata dos Estados Unidos (atenção, não confunda e pense que me refiro ao senhor que é proprietário de um rancho no Texas, até porque esse senhor é republicano e ainda é Presidente). Um apoio que surge num momento especial, pois a guerra do Iraque está a marcar a agenda de campanha, tendo, ontem, salvo erro, o líder dos conservadores acusado Blair de mentiroso. E, como a matéria é Iraque, nada melhor do que recordar aos adeptos de Robin Cook, crítico de Blair, tantas vezes evocado por causa do conflito iraquiano. Podem os admiradores de Cook atentar na posição política do ex-responsável da política externa britânica. Apesar de continuar a criticar a política externa adoptada por Blair, não lhe retira o elogio, nem uma vírgula, ao trabalho interno desempenhado desde 1997. Cook faz, no entanto, uma profecia: Blair sairá a meio do mandato, se ganhar como tudo indica, e Gordon Brown passará a residir no número 10 de Downing Street com a saída de Blair. Todavia, lá está Cook, pelas terras de Sua Majestade, a apelar ao voto no Labour, comandado por Blair CMC
6:35:00 da tarde
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 [0.625/2005] O 25 de Abril precisa de um 25 de Abril
O 25 de Abril precisa de um 25 de Abril. Um golpe de Estado à própria data, desta vez sem período pós-revolucionário (que se constatou desastroso para o país) para que esta Nação à beira-mar plantada na parte mais ocidental da Europa desperte da letargia. O 25 de Abril de hoje começa a fazer concorrência no relevo da data àquela que o país atribui ao 5 de Outubro. Há uma ligeira e ainda notada diferença. O vermelho dos cravos. O 5 de Outubro. Quem se recorda dele? Um dos momentos mais marcantes da Nação de quase nove séculos. Nem cem anos fez e o esquecimento é global. O 25 de Abril, ao contrário do homem que mais pretendeu derrubar e não conseguiu, repousa, sossegado e tranquilamente, numa cadeira. Como se tudo estivesse na melhor das condições. Exceptue-se as palavras de ordem do dia que condenam a situação, mas que, logo a 26, recolhem ao baú, para só conhecerem a luz do dia no ano seguinte. E, coincidência das coincidências, quem no 25 de Abril se pavoneia, são os que todos os anos verborreiam 25 de Abril. Os que se consideram os proprietários da marca 25 de Abril. (Alguém ainda se recorda de Salgueiro Maia no dia seguinte ao dia da revolução dos cravos, ou melhor, os tais que se consideram "proprietários" do 25 de Abril recordam-se, por interesse pessoal e não somente por evocação, como terminou os dias o homem que liderou heroicamente as tropas que desceram de Santarém até Lisboa?) O 25 de Abril e o país refastelou-se com a mina Europa. O projecto económico europeu, e ainda longe de o ser político, tornou-se a fonte de todos os milagres depois da seca dos antigos chafarizes: Oriente, Brasil e África. Por isso, a Europa, nesta terra, é sempre líquido saboroso quando escorre fundos. O 25 de Abril aburguesou-se sem ter espírito burguês. O 25 de Abril transpira mofo. São sempre os mesmos com o "defender o Abril de 74", proclamando em 2005, como nos anos transactos, os mesmos lemas de 1974. Mas, o 25 de Abril, refira-se, permite este comentário. Livre. Que autoriza e enaltece, se tal for necessário, a própria condenação do presente 25 de Abril. É a mais genuína raiz do 25 de Abril de 1974 - a Liberdade - que concede esta expressão, ponto de vista, sem peias. É pela apreciação e defesa do que significa o 25 de Abril que digo: o 25 de Abril precisa de um 25 de Abril. CMC
7:10:00 da manhã
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domingo, abril 24, 2005

[0.624/2005] Pela Liberdade abaixo
Um ritual de Abril. Um ritual de Lisboa onde os autóctones e não só, se juntam para descer a Avenida da Liberdade em memória da condição de ser livre e dos que se bateram pela libertação. Amanhã, às 15:00 horas, um pouco abaixo do buraco que recorda os desvarios da alucinação, no cruzamento da Braancamp, reavivaremos o ritual na concentração para a marcha sobre os Restauradores. É tão bom sentirmo-nos livres. LNT
7:04:00 da tarde
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 [0.623/2005] Mais vale só...
Vou ouvindo por aí que, se o PS perdeu as eleições autárquicas em Lisboa com a coligação, mais depressa as perderá agora, concorrendo sozinho. Nada mais falso, penso. Quem perdeu as últimas eleições em Lisboa não foi o PS mas sim a coligação de PS e PCP, exactamente por ser uma coligação. Como era possível obrigar os cidadãos eleitores que queriam votar no Partido Socialista a elegerem, por exemplo, na Freguesia de São Domingos de Benfica, um Presidente de Junta do PCP, cujo Partido era já nessa altura a quinta força política atrás do BE e do CDS? Agora será possível clarificar estas situações. O PCP que sempre votou na AR contra o Partido Socialista, aliando-se por sistema às forças de direita na lógica de terra queimada, tem agora oportunidade para se deixar contar e depois poder reclamar com justeza o valor das suas propostas validadas pelo sufrágio. É tempo de clarificação, que já tardou nos últimos anos. LNT De novo: Disponibilizam-se os documentos trocados entre o PS e o PCP onde estão expressas as posições finais de cada um dos Partidos. Faz-se em PDF, pelo que é necessário o Acrobat Reader disponível aqui.
4:28:00 da tarde
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[0.622/2005] De novo CDS
Ao contrário de Ricardo Costa que agora gosta especialmente de ser comentador palpiteiro e sacrificado pelas horas de trabalho extraordinário, a ser jornalista, consegui antever a vitória de Ribeiro e Castro em dois momentos: 1- Quando Ribeiro e Castro fez um discurso de resposta a Telmo Correia e lhe disse que as suas listas seriam feitas com "aqueles que ali estavam". Este foi um ponto essencial na reviravolta na posição dos cardeais deste conclave. Foi aí que sobre eles baixou o espírito da pomba; 2- Quando Ribeiro e Castro se entregou aos participantes do conclave centrista como um homem de verdade contra o plástico que os políticos portugueses, incluindo Telmo Correia, resolveram ultimamente usar como carapaça para as suas manobras de bastidores. Ao contrário dos grandes partidos que já se apresentam nos Congressos com os delegados eleitos por este ou aquele candidato (através das eleições com base nas moções) o CDS ainda jogou neste Congresso a política espectáculo. Quando o PS parte para um Congresso todos entendem - militantes, simpatizantes e opositores - terem uma palavra a dizer e por todos os meios influenciam os que irão decidir o futuro do PS. É natural. Também acontece no Benfica. Trata-se de grandes instituições que fazem parte do património nacional, o que leva os cidadãos a entenderem que se devem pronunciar. No CDS não é assim. Isto são problemas internos que só dizem respeito aos "CDS" e não têm impacto nacional, a não ser que lhes caia em sorte um qualquer cherne para lhes dar a visibilidade que não têm. Assim foi resolvido o conclave. Quanto a mim bem. Quer-me parecer que o grande derrotado foi Paulo Portas que, ao pretender colocar um testa-de-ferro para preparar o seu regresso daqui a dois anos, viu o poder escapar-lhe por entre os dedos. Grande José Ribeiro e Castro. Bom sucesso para o CDS. Afinal o conclave foi, ao contrário do que sugeri no Post [619/2005] uma lição de política que cativou muita gente para a noitada do 24 de Abril (de 2005). LNT
4:15:00 da tarde
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[0.621/2005] 3º Post do Tugir sobre o conclave centrista
Habemus Presidentum CDS Centristum VI Don José Ribeiro e Castro (É só um palpite mas como eleger Josés é o que está a dar...) LNT Foto: Blog JS Famalicão
1:33:00 da manhã
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 [0.620/2005] Congresso interessante
Uma vez mais, o congresso do CDS surpreende pela positiva - como é timbre deste partido no que a congressos diz respeito. O que se perspectivava sem interesse e de mera passagem da batuta do timoneiro dos últimos anos, que, refira-se, foi um bom presidente para o CDS (no sentido em que atingiu os objectivos traçados no congresso de 1998), tornou-se num congresso interessante, com debate de ideias e rumos diferentes. De um lado, os discípulos do chefe cessante, do outro, os defensores do CDS democrata-cristão. A noite e madrugada serão entusiasmantes e tudo o que era previsível passa a imprevisível, se bem que, julgo, a vitória não fugirá à equipa maioritariamente constituída pelos ex-governantes do CDS. De qualquer forma, uma vez mais, este congresso do CDS assemelha-se a outros conclaves (1998 e 2002), com emoção e interesse qb. O CDS, penso, não vai sair fragilizado deste congresso como inicialmente se previa. A disputa interna é sempre um sinal de forte vitalidade. Ainda bem que o sangue do poder não desapareceu (por enquanto?) das veias centristas. Este pulsar faz do CDS um partido inconformado e não acantonado a um espaço político que pode considerar seu por a História da democracia assim o ditar. Não deixo de notar, no entanto, o render do CDS a uma candidatura presidencial protagonizada por quem num passado não muito distante foi a pessoa que quase conseguiu extinguir o CDS. Enfim, compreendo os motivos doutrinários, não querer um Presidente da República da área socialista. Não entendo muito esta ausência de memória. Mas, cada um sabe de si. CMC P.S.- Acabo de escrever o texto e noto que o assunto acabou por vir à liça no TUGIR, mais por incitamento do que por vontade. Devo referir que este texto é de tenção.
12:02:00 da manhã
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sábado, abril 23, 2005
[0.619/2005] Faça-se a vontade do eMail
Duas mensagens anónimas na minha caixa de correio perguntam porque é que o Tugir em português, que sempre tem feito análises aos congressos políticos em Portugal, não fez, até agora, nenhum ao XX Congresso do CDS/PP. Meu caro(s) anónimo(s). As moções escrevidas (segundo Maria José Nogueira Pinto) não suscitaram qualquer comentário ao conclave do PP porque não foram por mim lidas. De resto, tirando a graça de já irem a concurso três candidatos, não vejo qualquer matéria que mereça comentários. O conclave centrista faz-me lembrar outras coisas. Candidatos a lideres sem moções e subscritores de moções que aguardam a sua aprovação para se candidatarem a lider com votações de mão no ar, são coisas que não comento, muito menos a dois dias do 25 de Abril. Sempre lhe(s) fiz a vontade. Um Post sobre aquilo que se passa na sala de congressos de Lisboa. Não tem que agradecer. LNT
11:36:00 da tarde
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 [0.618/2005] Discordo Senhor Presidente
Caro Luís, Nem sempre concordamos com quem apreciamos politicamente. Defendeu o nosso Presidente da República que os Estados-membros devem continuar a referendar o Tratado Constitucional europeu mesmo que a França o chumbe no próximo dia 29 de Maio. Ora, discordo por dois motivos aos quais acrescento um outro meio motivo. Começando pelo fim, pelo meio motivo. A Holanda (um dos seis Estados-membros das Comunidades Europeias) referenda três dias depois da França o referendo. E, infelizmente, tudo indica uma reprovação. Quanto aos dois motivos principais, não sejamos hipócritas, por que por mais que o Direito seja muito delicado e cordato na letra, salvaguardando a igualdade de Estados, a verdade é que a realidade transforma esta igualdade igual numa igualdade orwelliana, onde há uns mais iguais do que outros. (quem discorda, medite duas vezes e pense por que terá o PEC mudado de regras). A França não é um Estado qualquer da UE. A França é um fundador e pilar crucial das Comunidades Europeias e a França é, ou era (será?), uma das mais entusiastas defensoras do aprofundamento do projecto europeu. Considerar um "não" francês como mero percalço é tapar o Sol com a peneira e agir pior do que os políticos europeus actuaram nos últimos anos, quando continuaram a construção europeia de costas voltadas para os seus cidadãos. O outro motivo prende-se com o possível descalabro derivado do resultado francês. Ou seja, um número de Estados que até então tinha uma posição favorável mudar por completo a sua posição. Refiro-me nomeadamente ao caso dinamarquês, que, segundo dados recentes, há uma possibilidade efectiva de viabilizarem o Tratado. Ora, esta onda negativa, mas legítima, gaulesa e neerlandesa poderá inundar os outros Estados-membros. O que, diga-se de passagem, não é nada difícil, tendo em consideração o passado recente.Os Estados que sempre trataram dos assuntos europeus e nem sempre do agrado dos mais europeístas, como a Dinamarca, o Reino Unido ou a Irlanda são exemplo. Felizmente, atrevo-me neste momento a considerar isto, os alemães, pela sua tradição, não são adeptos de referendarem o Tratado, apesar de existirem actualmente quem procure (e com alguma fundamento) o contrário. A ratificação fica a cargo do Parlamento, onde o Tratado é aprovado (ou será, tudo depende de um "não" duplo no fim de Maio e princípio de Junho). Caso contrário, lá estariam os adeptos do "não" na Alemanha, como na França, a defender a posição errónea de que um "sim" ao Tratado significava um "sim" automático à adesão da Turquia. E, como esta matéria é extremamente delicada para os alemães. Convém não continuar com a cabeça enfiada por muito mais tempo na areia. O deslace destas incógnitas que agora afligem os europeístas podem terminar se a França disser "sim", como desejo. Mas, prevejo, presentemente, muito pouco provável. É tempo de repensar a União conjuntamente com os seus cidadãos. Tarefa difícil, mas talvez a única que ajude a terminar este impasse que se prevê colossal. É altura de adoptar a postura de Jean Monnet, "nem pessimista, nem optimista, determinado". A UE precisa de determinação. CMCEtiquetas: Política Internacional, Referendos, UE
9:31:00 da tarde
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[0.617/2005] O NÃO à Coligação em Lisboa
Não o escondo. Sempre, desde as últimas autárquicas, entendi que o Partido Socialista deveria concorrer sozinho em Lisboa. Várias razões me levaram a essa posição. Entre elas as de que é necessário, em democracia, que as forças políticas tenham bem claro o peso político que representam quando se coligam e de que, o acordo que vigorava em Lisboa desde Jorge Sampaio, precisava de uma reavaliação global tendo em conta que outras forças políticas da área da esquerda se tinham afirmado entretanto. Nas últimas eleições isso já tinha sido claro e a Coligação conseguiu o absurdo de fazer eleger para as Freguesias, presidentes que não reflectiam a vontade dos lisboetas. O PS tentou agora renegociar o acordo, mas as condições propostas foram consideradas inaceitáveis pelo PCP, que deu por findo o tempo das negociações. Ainda bem. Vamos a votos em separado. Deixemos que os eleitores esclareçam os equilíbrios que querem para a capital. LNT Nota 1: Disponibilizam-se os documentos trocados entre o PS e o PCP onde estão expressas as posições finais de cada um dos Partidos. Faz-se em PDF, pelo que é necessário o Acrobat Reader disponível aqui. A qualidade do PDF de 484Kb é a possível dado que foi composto a partir de imagem dos documentos. Nota 2: Fonte - Blog Forum Cidade - Comissão Política Concelhia de Lisboa do Partido Socialista
7:00:00 da tarde
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[0.616/2005] Madrugadas
Ouço os sons, cheiro os cheiros, vejo os camaradas de armas, o povo a passar defronte do quartel, bandeiras desfraldadas ao vento, as vozes enrouquecidas e as lágrimas a cair-lhes pelas faces, mas não me lembro do despontar do dia 25 de Abril de 1974. Contada na primeira pessoa do singular onde se lêem nomes de amigos, no Absorto. A minha madrugada foi mais recatada. Na BA1 da Granja do Marquês a poucos dias do 1º juramento de bandeira do pós-vinte-e-cinco-de-Abril. Não mais Alcácer Quibir É preciso voltar a ter uma raiz Um chão para lavrar Um chão para florir É preciso um País Não mais navios a partir Para o país da ausência. É Preciso voltar ao ponto de partida É preciso ficar e descobrir A pátria onde foi traída Não só a independência Mas a vida. LNT Poesia: Manuel Alegre -Discurso: António Ferreira Pinto
3:48:00 da tarde
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sexta-feira, abril 22, 2005
 [0.615/2005] A barbárie também é humana
"Ser-se jovem não é desculpa", disse a (verdadeira e não a actriz) secretária pessoal do déspota do III Reich no epílogo do filme, a propósito do alheamento das barbaridades cometidas pelo nacional-socialismo. O filme é desconcertante. A encarnação do tirano por Bruno Ganz é compressora. Como se fosse o próprio, em carne e osso. O seu estado irascível para com as altas patentes do nacional-socialismo é um retrato bem captado, tão bem captado que está ao nível das passagens bem reais filmadas por Riefenstahl nos áureos momentos do nacional-socialismo. Somos tocados pela ira e pelo afecto do tirano. Sim. Este filme, ao contrário de muitos, dá-nos um lado humano do ditador, pois, afinal, o déspota também era humano, como os seus sequazes, onde se consegue destacar a desumanidade que também é humana do seu ministro da propaganda, nomeadamente quando afirma que o povo alemão devia sujeitar-se e arcar com a ofensiva dos aliados. Nós bem sabemos quem eram os maus da fita, contudo importa não esquecer que eles também eram humanos. Da pior espécie à luz dos nossos valores? Com toda a certeza. Mas humanos. Faz, de amanhã a oito dias, dia 30 de Abril, 60 anos que o tirano se suicidou. Importa não esquecer o que foi e perpetrou o nacional-socialismo. Talvez algumas das palavras contidas no testamento político do Führer e do ministro da propaganda do III Reich ainda façam sentido para algumas pessoas, que se consideram vítimas de uma cabala judaica. Que ninguém fique ou esteja alheio ao que se passa na sociedade, é a grande mensagem final do filme, para que não haja trágicas repetições. Vale a pena ver este filme, que retrata as últimas horas de um dos mais marcantes, pior e inesquecível líder políticos do século XX, que, refira-se, em primeiro lugar, subjugou os alemães e os austríacos à sua opressão, cometendo, posteriormente, todas as restantes crueldades bem conhecidas e às vezes aparentam estar esquecidas. CMC
8:55:00 da tarde
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[0.614/2005] O "não" francês e neerlandês ao Tratado europeu
A União Europeia está à beira de receber um balde de água gelada (não me enganei, não é fria, é mesmo gelada). Penso que o "não" em França, neste momento, é irreversível. Os problemas internos estão a sobrepor-se. Os cidadãos franceses acabam por dar um "não" há política em vigor em França, ao mesmo tempo que os opositores do Tratado Europeu se aproveitam e misturam tudo, desde a adesão da Turquia à directiva de liberalização de serviços, que nada dizem respeito ao que está em causa com o Tratado, que visa a simplificação do complexo processo europeu. A UE não termina, mas entra numa fase de congelamento. Sair deste encruzilhada é uma incógnita. É certo e sabido que um "não" em França não é o mesmo que um "não" no Reino Unido. Todos estão cientes disso. Acresce o facto, esquecido por muitos devido ao impacto gaulês, de outro Estado que sempre teve uma posição pró-europeia, a Holanda, referendar, três dias depois da França, o Tratado. E, no caso neerlandês, segundo as sondagens, o "não" é maior do que o francês. No fundo, o "não" representa um "não" a estes políticos europeus. Mais preocupados com o umbigo nacional, do que em procurar uma simbiose, exígua mas não impossível, da cidadania que Thomas Mann descreveu há décadas, como nacional de um país e cidadão europeu e vice-versa. Até porque, há bem pouco tempo tivemos prova de como as ambições nacionais podiam ser compatíveis com as pretensões europeias. Os cidadãos europeus podem perceber pouco do que é este OPNI (Objecto Político Não Identificado) União Europeia, mas sentem, como sempre, desde que a Humanidade tem consciência de si, quando há uma determinada e forte liderança, distinguindo-a de um comando político débil, meramente preocupado nos ganhos imediatos e sem projecto de futuro. Falta à União Europeia líderes políticos com projecto dinamizador a nível nacional e europeu. Estes líderes europeus já demonstraram, até ao tutano, que estão secos e apenas se preocupam com o seu interesse político de momento. A União chegou a um ponto, já de Euro no bolso, que não pode andar dependente do peso e da estrutura actual do Conselho Europeu, órgão próprio do exacerbamento nacional. Nesta fase de transição, o Tratado dá a resposta adequada, do meu ponto de vista, à mudança necessária do Conselho Europeu, com a assunção de uma pessoa, exterior aos Governos nacionais, durante dois anos e meio, dando mais eficiência ao Conselho e liberta os Estados membros que presidem ao Conselho para tarefas mais de âmbito nacional. Numa Europa a 25 e em breve a 27, prevendo-se já uma União a 30, é impossível comportar esta dimensão e o modelo actual e o próximo, a entrar em vigor em 2007, de um Conselho Europeu comandado a três, é inviável, a curtíssimo prazo. O "não" francês e neerlandês deverá ser um balde de água gelada, mas devem retirar-se as devidas ilações, nomeadamente os grandes partidos políticos europeus. CMC
1:50:00 da tarde
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 [0.613/2005] 25/04
Valerá a pena voltar a falar de Abril? Fará sentido falar de coisas hoje tão óbvias como a democracia, a liberdade, a paz e o direito à autodeterminação dos povos? Será necessário que todos os anos, por esta altura, se volte a explicar aos que hoje têm 35/40 anos aquilo que nunca sentiram na pele? Ou bastará, a três dias da data, tornar a dizer: 25 de Abril, sempre! mesmo com desemprego, atraso, velhice e tantas outras questões por resolver? LNT Nota: A imagem comemora um ano da evolução do 25 de Abril. (lembram-se da polémica?)
12:38:00 da tarde
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[0.612/2005] Detalhes
Quando se ouve alguém dizer que pouco liga a detalhes, fica sempre a preocupação de se saber se esse alguém estará a falar de coisas fundamentais. Quem não liga a detalhes está a fazer de imediato uma selecção entre o que é principal e o que é acessório, naturalmente com conceitos pessoais. Quem pretende reformar a Administração Pública e fala de Funcionários Públicos em vez de Trabalhadores da Administração Pública não se prendendo no detalhe do significado das palavras, não pode depois exigir que os Funcionários Públicos trabalhem, porque os não reconhece como trabalhadores. Santana Lopes quando se referia a Impostos sobre os Rendimentos, dizia sempre Impostos sobre as Pessoas. Claramente entendia ser um detalhe, mas explicava bem a sua ignorância dos conceitos. Detalhes de incongruências que explicam a impreparação para a pedagogia a que todos estamos obrigados. LNT Nota: A referência a Santana Lopes é um detalhe sem importância. Serve só para demonstrar o que pode acontecer a quem não distingue o essencial do acessório e, ao não detalhar, se arrisca a ser detalhado.
12:22:00 da tarde
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quinta-feira, abril 21, 2005

[0.611/2005] Difamadora
Volto ao tema. E desafio todos os que comentaram a fazer o mesmo. Há criminosos e inocentes. Criminosos do maior crime que existe na sociedade actual. Os que atentam contra o bom nome dos cidadãos. Inês Serra Lopes foi condenada por difamação, escondendo-se atrás da capa de jornalista. Porque há criminosos e vítimas, é preciso que se defendam os segundos e se denunciem publicamente os primeiros. Porque, se por mais não for, todos os inocentes poderão ser as novas vítimas destes criminosos que não olham a meios para atingir os seus objectivos. LNT Em tempo - Muitos foram os que na altura da notícia difamatória se prontificaram de imediato a dar-lhe eco e a ampliarem a calúnia. É interessante verificar que, mesmo na Blogos, tirando raríssimas excepções, poucos se prontificaram a comentar nos seus espaços a condenação da difamadora. Interessante e esclarecedor. Também aqui funciona a lógica do homem que mordeu no cão.
3:14:00 da manhã
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[0.610/2005] Mais um Mestre na Blogos
Ao longo de dois anos fomos incentivando (?) a Mestrice. De pandeiro em punho, Rui foi trabalhando para António Machado: Caminante, son tus huellas el camino, y nada mas; caminante, no hay camino, se hace camino al andar. Resta-nos desejar a melhor música que entre pandeiros e aldrabas possa tocar. Uma vida com qualidade e especialmente na qualidade que já lhe conhecemos para uma feliz vida. LNT & CMC
2:29:00 da manhã
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[0.609/2005] As saudades que eu já tinha
Rui Veloso canta a Paixão no toca CD's à minha direita. As saudades que eu já tinha de ver o PCP a votar ao lado do CDS. Como diz o pai do Rock português: Não se ama alguém que não ouve a mesma canção. LNT
1:00:00 da manhã
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quarta-feira, abril 20, 2005
[0.608/2005] Habemus Taça
Agora é que é, caro Carlos. Blair ao pé disto é como Sol em noite escura. Não há muito a dizer. No Jamor ficarei com a Taça e tu com a Medalha. Afinal de contas nada melhor do que usar a Bandeira Nacional na Taça de Portugal. LNT
11:09:00 da tarde
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[0.607/2005] Difamadora
Olha, olha! Então a directora do pasquim dito O Independente, Inês Serra Lopes, sempre foi condenada por difamação. Quando for decidido o pagamento das indeminizações a quem será que ela e a pseudo-jornalista que atacaram, entre outros, Ferro Rodrigues, irão enviar a factura? Pelo menos resta a alegria de saber que já não será paga com dinheiros do orçamento do Estado. Às vezes, o tempo da justiça vem a calhar, embora o mal que ela fez aos visados não tenha remédio possível. LNT
8:47:00 da tarde
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[0.606/2005] Patriarcas ab aeterno
Vital Moreira tirou-me as palavras da boca, neste caso do teclado que não sabia como as escrever, ao transcrever uma mensagem de AMF. A invenção do termo "sociedade civil" feita no Governo anterior para designar os que não estão arregimentados ao poder político, mesmo que sejam militares, não trouxe consigo a doutrina. Neste Tugir, talvez tocado pelo misticismo dos últimos tempos, tenta-se mesmo à expressão: "Bem prega Frei Tomaz: faz o que ele diz, não faças o que ele faz" Ao trancrevê-lo, Vital Moreira defende, bem, que a limitação dos mandatos terá de se aplicar também à dita "sociedade civil". Pode ser que não seja legislável, mas tem de ser regra das organizações para que se não volte a ver os patriarcas dos sindicatos, das confederações empresariais ou das associações e ONG's, a reclamarem para o Estado aquilo que não querem para si. A lógica jardinista-madeirense tem de ter fim. LNT
1:11:00 da tarde
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[0.605/2005] Sei que os Caminhos são insondáveis.
Mas, sem querer ser provocador, porque será que a terceira Pessoa da Santíssima Trindade precisa de várias votações para afirmar a Sua vontade? Também sem querer meter a foice em seara alheia, gostaria de perceber, embora entenda que deve ser mais um dos Dogmas e por isso aceitável sem discussão nem compreensão, o que leva os seguidores de S. Josemaria a rejubilarem com a eleição de Ratzinger? O Padre Javier já tinha pedido aos seus fiéis que, fosse qual fosse o Santo Padre, os católicos se unissem em torno do novo sucessor de Pedro sugerindo-lhes a reflexão sobre a jaculatória Omnes cum Petro ad Iesum per Mariam. Assim prevê-se que os próximos tempos serão certamente tempos de abundância para a OBRA com a intercessão do Santo que João Paulo II deixou nos altares do Mundo, "sem prestar atenção a considerações alheias à lógica sobrenatural". Percebeu-se bem no novo comentador destes assuntos que ontem apareceu nas televisões depois de ter vagado o lugar da finança portuguesa. Agora é que os dízimos portugueses nunca mais deixarão de ser recolhidos pela actual direcção do fisco. Valham-nos Santo António de Lisboa e São Domingos (já agora, de Benfica)! LNT
11:37:00 da manhã
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terça-feira, abril 19, 2005
 [0.604/2005] Temos finalista
Dia 29 de Maio o Jamor será coberto de uma só cor (como diria o outro) verde e branco! Já lá estamos! CMC
11:52:00 da tarde
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 [0.603/2005] Beneficium aetatis
o Jumento bem tentou. Era preciso, agora com a mania da internacionalização dos nossos políticos que, depois de um presidente ONU, um presidente EU, um alto-comissário da UN, fosse a vez de eleger um cardeal português, com reputada fama de moralista, para presidente do Vaticano. Tentou o Jumento, mas os Cardeais não foram nisso. Quer-me parecer que o nosso cardeal moralista ainda vai ter de envelhecer um pouco mais. Talvez daqui a quarenta anos. Entretanto teremos de continuar a ouvir as suas homilias. E quem não gerou uma vida que não atire a primeira pedra. Amen. LNT
8:59:00 da tarde
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[0.602/2005] Habemus Papam
Bento XVI (Benedictum XVI) Joseph Ratzinger LNT
6:00:00 da tarde
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[0.601/2005] Referendos
Como já anteriormente e noutras circunstâncias referi, só entendo que deva haver lugar a referendos para decisões localizadas. Aceito que se referende entre os moradores da minha rua a instalação de bancos no passeio, não compreendo a necessidade de duplicação da expressão popular em campanhas legislativas e noutras para validação de iniciativas nacionais ou globais. A questão dos referendos deveria ser levada a sério, retirando-lhe a carga de demagogia e a justificação para faltas de agenda ou para criação de factos políticos especulativos na comunicação social. Num País com carências extremas, onde tudo de essencial está por fazer, queimam-se energias que deveriam estar orientadas para a discussão de conteúdos, com o combate das datas e prioridades para realizar actos cuja essência se desconhece. Não se discute se o aborto será de livre consciência até ás 12 semanas ou até aos 9 meses. Se estas matérias fossem explícitas nos Programas Eleitorais, deixavam-se para a Assembleia da República as matérias que lhe competem, uma vez que os cidadãos já as teriam debatido e sufragado com a escolha dos seus representantes. Se assim se fizesse, possivelmente andaríamos agora a debater o que interessa na discussão da essência. LNT PS. - Até aqui se nota que a ausência de Notícias (maiúsculas) é fonte de notícias (minúsculas). Transforma-se o essencial em secundário e vamos dando assunto a coisas que não interessam minimamente. Como dizem os brasileiros: "me engana, que eu gosto".
2:54:00 da tarde
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segunda-feira, abril 18, 2005

[0.600/2005] Foi só fumaça LNT
10:24:00 da tarde
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 [0.599/2005] Banalidades do boss da Célia
O mapa Geoloc, o da guerra dos mundos situado na coluna da esquerda, continua a acender luzinhas de visitantes dos mais recônditos pontos do Globo. Há dois dias animou-se também com um planeta azul, em rotação eterna sobre o eixo, parecendo-se cada vez mais com o comentador Marcelo. São voltas e voltas para chegar sempre ao ponto de partida, agora virado para a fonia e valor das palavras, na caça às gralhas de português, já que pouco mais há para dizer. Podíamos abrir um concurso Tugirense e ficar à coca dos deslizes linguísticos das crónicas de Domingo para, um dia destes, lhe mandarmos a listagem das calinadas que o Professor de Celorico vai dando no canal do Estado. Claro que Marcelo terá de pagar parte do seu caché pela promoção que tal atenção passará a merecer, na proporção do aumento das audiências que se venham a registar. O boss da Célia (até onde chega a arrogância e presunção) está cada vez mais alucinado e tal é o receio de errar nas previsões que mais não faz do que dizer banalidades como aquela das lideranças a prazo ou em regime provisório. Um dia destes veremos a defesa da tese algébrica de que a soma de um mais um é exactamente dois, ou de que Marques Mendes é o melhor líder da oposição da direita, porque não existe mais nenhum. Veremos se a partir de hoje, as escolhas de Mourinho na SIC não serão preferíveis às de Marcelo na UM e, mal por mal, antes o regresso da voz esganiçada da Estrela da Europa para nos ensinar, na pantalha, a bem falar, do que os descontrolos gestuais e os esgares do professor de direito, por cada intervenção que a sua interlocutora se atreve a fazer. LNT
2:54:00 da tarde
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